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'As travestis são vistas como um resquício do Carnaval', diz Laerte

EGO

Em entrevista ao programa de Marilia Gabriela, que será exibido neste domingo, 12, o cartunista Laerte falou sobre sua sexualidade. "Me sinto muito intenso dentro da transgenerealidade e sinto que não é uma coisa fugaz, não é uma moda", disse.

Praticante de crossdresser (homem que se veste de mulher), que ele prefere chamar de "travestismo", Laerte contou é bem tratado em lojas de roupas femininas, mas se irritou quando, em uma pizzaria, pediram que não usasse o banheiro feminino.

"Essa recusa de não compreender a identidade de gênero me deixa muito irritado", disse ele que atualmente só usa roupas de mulher: "Tenho um maiô, mas ainda não usei".

Na entrevista, o cartunista lembrou ainda que teve uma infãncia bem nornal: "Me lembro de ter experimentado saiotes e querer me maquiar. Mas também não deixei de jogar bola e ser um menino normal".

Laerte contou ainda que avisou aos pais quando decidir assumir sua sexualidade em uma entrevista: "Liguei para os meus pais e disse que ia sair uma matéria dizendo que eu me visto de mulher, e que era verdade". A família, disse ele, apoiou a bisexualidade: "Meus filhos já sabiam e minha namorada também. Eu continuo com ela."

Para o cartunista, apesar de as pessoas curtirem os travestis no Brasil, eles são também muito "demonizados": "As travestis são vistas como um resquício do Carnaval".
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