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Notícias / Meio Ambiente

Estudo avalia potencial biotecnológico em esponjas do leito do rio Negro

G1

Uma pesquisa realizada por uma mestranda em Biotecnologia e Recursos Naturais, da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), pode resultar em novas opções de produtos para as indústrias químicas e farmacêuticas. Gláucia Cristina Costa se dedica ao estudo das esponjas do leito do rio Negro. A pesquisa está em andamento e tem previsão de conclusão para maio deste ano.

Segundo a mestranda, na prática ela pesquisa as bactérias existentes nas esponjas, uma área de estudo destes animais ainda não explorada. “O estudo permite aprofundar o conhecimento sobre os hospedeiros da esponja, pois existe um microambiente dentro de seus tecidos, abrigando uma rica diversidade de bactérias produtoras de substâncias secundárias, representando assim, um potencial na busca por novos compostos de interesse biotecnológico, principalmente na área das indústrias farmacêutica e química”, explica.

Gláucia é aluna do curso de mestrado em Biotecnologia e Recursos Naturais, do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) e Centro de Energia, Ambiente e Biodiversidade (Ceab), da UEA. A pesquisa servirá de fundamentação para futuros estudos sobre bactérias associadas à esponja de água doce, conhecida na Amazônia como cauixi ou cauxi, facilmente encontrada no leito do rio Negro.

De acordo com a pesquisadora, o estudo de campo foi realizado nos trechos do rio Negro que banham Manaus e Parintins, a 368 quilômetros de Manaus. Durante a análise as bactérias passam por vários processos. “O trabalho vai desde a inserção e purificação no laboratório de cultura bacteriológica até as extrações de DNA para fazer a identificação das bactérias existentes na esponja”, relatou.
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