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Rotina segue normal neste sábado no 2º dia de movimento grevista no RJ

G1

O clima é de tranquilidade neste sábado (11) em vários bairros do Rio de Janeiro. Apesar do movimento grevista de policiais e bombeiros do estado, o patrulhamento nas ruas e o atendimento em delegacias é considerado normal, segundo as polícias Civil e Militar.

No entanto, vários postos de guarda-vidas da Barra da Tijuca, na Zona Oeste, estavam sem bombeiros pela manhã.

As placas de sinalização para os banhistas permaneceram nos postos e o helicóptero dos bombeiros fazia o sobrevoo no local. Na Zona Sul, a maioria dos postos estava com guarda-vidas. Na sexta-feira (10), 123 guarda vidas faltaram ao serviço, e segundo o comando da corporação, foram presos administrativamente.

Na Zona Norte, o policiamento era normal. Segundo moradores da Tijuca, desde o início da paralisação não houve problemas no patrulhamento da região.

Madrugada tranquila
Durante a madrugada, a equipe de reportagem do RJTV encontrou policiais militares na orla do Rio, em postos de policiamento, e em torres de segurança, como na do Elevado Paulo de Frontin. Na Lapa, no Centro, a movimentação era normal.

Na sexta-feira (10), em toda a Região Metropolitana predominou a tranqüilidade com patrulhamento muito próximo do normal, inclusive nas comunidades que tem Unidades de Polícia Pacificadora (UPP).

“Houve uma tentativa de greve que não teve êxito. Exatamente porque a esmagadora maioria dos profissionais de segurança pública tem consciência do que nós fizemos e mais importante, tem consciência da responsabilidade com os 16 milhões de habitantes do nosso estado e com os milhões de turistas que estão nos visitando”, afirmou o governador do Rio, Sérgio Cabral.

Policiais presos
Na noite de sexta-feira (10), a Polícia Militar informou que 17 policiais permanecem presos por aderir ao movimento grevista. Destes, dez policiais tiveram a prisão preventiva decretada pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ) por conclamar e incitar a greve. Outros sete PMs foram autuados em flagrante por crime de desobediência, ainda segundo a PM. Um policial que já teve a prisão preventiva decretada pelo TJ-RJ ainda não foi preso.

Mais cedo, o chefe do Estado Maior Administrativo da Polícia Militar, coronel Robson Rodrigues da Silva, informou que cerca de 50 policiais estavam presos administrativamente. Posteriormente, segundo a PM, deliberou-se que não havia necessidade de prisão e eles serão apenas indiciados. Todos foram liberados.

Ainda segundo a PM, "129 policiais militares do 28º BPM (Volta Redonda) serão indiciados em Inquérito Policial Militar (IPM) por cometimento de crime militar". Este número, segundo a PM, inclui os 50 policiais anteriormente presos administrativamente e liberados.

Corpo de Bombeiros
O Corpo de Bombeiros informou que exonerou o comandante do Grupamento com maior número de bombeiros que faltaram ao serviço nesta sexta-feira (10). Na noite de quinta-feira (9), uma assembleia com duas mil pessoas decidiu pela greve das polícias e bombeiros do Rio. O efetivo das três categorias é de cerca de 70 mil pessoas.

"Até a tarde desta sexta-feira (10.02), 123 guarda-vidas foram indiciados por falta ao serviço. Todos serão presos administrativamente. O Comandante do 2º Grupamento Marítimo (GMar) da Barra da Tijuca, Tenente Coronel Ronaldo Barros, foi exonerado do cargo", informou em nota o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro.

O comunicado acrescentou que "o comando-geral da corporação abriu Conselho de Disciplina para avaliar a conduta do Cabo BM Benevenuto Daciolo, que já está preso em Bangu 1, além de 15 guarda-vidas representantes do movimento de greve. Também serão avaliadas as posturas do Capitão BM Alexandre Marchesini e do Major BM Márcio Garcia. O procedimento definirá as punições cabíveis aos envolvidos, podendo chegar à exclusão definitiva do Corpo de Bombeiros", concluiu a corporação.
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