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Estado deve massificar programas de prevenção à Hanseníase e à AIDS

Da Assessoria/ Mauro Savi

Quem já sofreu ou sofre com doenças como Hanseníase ou AIDS (Síndrome da Imuno Deficiência Adquirida) não tem a menor dúvida de que a prevenção é realmente o melhor remédio. E com o objetivo de massificar esse conceito, o deputado estadual Mauro Savi (PR) apresentou duas indicações ao Governo do Estado para o desenvolvimento de programas preventivos, educativos e informativos sobre a forma de transmissão, cuidados e prevenção dessas duas doenças. As indicações foram apresentadas pelo parlamentar na semana passada, no início dos trabalhos legislativos.

No caso da Hanseníase, dados do Ministério da Saúde apontam Mato Grosso no primeiro lugar no ranking nacional dos acometidos pela doença. Outro fator preocupante que mostra o avanço da doença no Estado é, conforme reportagem divulgada pelo jornal Diário de Cuiabá (Edição nº 13235 12/02/2012), a manifestação da doença em crianças, o que leva as autoridades a falarem na ocorrência de uma epidemia no Estado.

De acordo com o último levantamento da Secretaria Estadual de Saúde, realizado em 2010, aponta que Cuiabá tem uma média de 56 casos da doença para cada 100 mil habitantes. No caso de Mato Grosso, a média sobe para 82 casos em cada 100 mil habitantes.

“Esta doença é capaz de contaminar outras pessoas por vias respiratórias, caso o portador não esteja sendo tratado. Assim, buscar auxílio médico é a melhor forma de evitar a evolução da doença e a contaminação de outras pessoas”, argumenta o parlamentar.

Além disso, argumenta o parlamentar, o tratamento da hanseníase é gratuito e, ao contrário do que muitas pessoas pensam, não é necessário o isolamento dos pacientes. “Durante o tratamento da doença, a pessoa pode desenvolver suas atividades normais, sem restrições, exceto por algum efeito colateral causado pela medicação”, observa.

No caso da AIDS, Mato Grosso ocupa o 7º lugar no ranking nacional, sendo que os municípios mais afetados são: Rondonópolis, com uma média de 50 infectados para cada 100 mil habitantes; Cuiabá, com 46/100 mil habitantes, e Tangará da Serra, com uma média de 32 portadores do HIV para cada 100 mil habitantes.

Diferente da hanseníase, a AIDS não deixa de ser transmissível após o início do tratamento, o que requer cuidados permanentes, como o uso de preservativos. Porém, relações sexuais não é a única forma de contágio. Como, além do esperma e secreções vaginais, o vírus está presente no leite materno e no sangue, todas as formas de contato com estas substâncias podem gerar um contágio. E a prevenção é feita evitando todas as formas de contato com estas substâncias.

“O assunto, tanto no caso da Hanseníase quanto no da AIDS, é sério e deve ser tratado com urgência. É dever do poder público criar as condições para implementar políticas de saúde pública adequadas para prevenir e conscientizar a comunidade sobre o que pode e deve ser evitado, bem como os meios para tratar qualquer moléstia”, argumentou o parlamentar na justificativa das duas indicações.
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