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Notícias / Agronegócios

Bloqueios continuam no Arantes e Quatro Marcos

Da Redação/Com Assessoria

Os pecuaristas de Nova Monte Verde do Norte (960 quilômetros de Cuiabá) começam a negociar com dos diretores do Grupo Arantes, depois de 15 dias de bloqueio da entrada de bois nos currais do frigorífico Arantes. “Começamos a negociar, mas a proposta apresentada até agora nós não aceitamos”, revelou o produtor e um dos líderes do movimento, Jeremias Prado dos Santos. Ele disse que o frigorífico ofereceu parcelar a dívida e R$ 6 milhões em 12 vezes. “Essa foi a proposta feita pelo Arantes para os pecuaristas de Vila Rica e pelo frigorífico Quatro Marcos aos produtores de Pontes e Lacerda. Eles aceitaram, mas nós não queremos isso. Vamos continuar negociando, acredito que vamos chegar a um acordo, enquanto isso, não tem abate ”, disse Jeremias. A primeira parcela dos acordos entre Arantes e Quatro Marcos com os pecuaristas foi paga ontem (07).

No município de São José dos Quatro Marcos (330 quilômetros de Cuiabá) a situação é a mesmo. Desde segunda-feira (05) mais de 100 pecuaristas de 13 municípios bloquearam a entrada de gado em pé no frigorífico Quatro Marcos. A dívida do frigorífico com os produtores e de R$ 6 milhões só nessa região e a promessa é de que não volta a abater, “enquanto não quitarem 100% da dívida”, disse o presidente do Sindicato Rural de São José dos Quatro Marcos, Alessandro Casado. O frigorífico, segundo informações de Casado, “deu aviso prévio para todos os funcionários e alguns deles estão participando de nosso movimento”.

O superintendente da Acrimat, Luciano Vacari, disse que “temos conversado com os pecuaristas e orientado para que mantenham uma posição firme durante as negociações, pois existe claramente uma opção dos frigoríficos em usar seus recursos para comprar o boi à vista e agir como se não existisse uma dívida passada”. Varaci acrescenta, que os pecuaristas devem se unir para que suas posições se fortaleçam, “pois existe uma dívida de mais de R$ 120 milhões e produtor está com sua vida financeira travada, por causa das recuperações judiciais”, disse enfático.
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