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Obama cita progressos econômicos para rebater alta no desemprego

AFP

O presidente Barack Obama admitiu nesta sexta-feira que os últimos números do desemprego nos Estados Unidos são preocupantes, mas ressaltou a existência de sinais positivos para a economia.

O governo americano anunciou nesta sexta-feira que a economia perdeu 539.000 empregos em abril. O número é inferior ao de março, e menos catastrófico do que esperavam os analistas. Os cortes levam, porém, a taxa de desemprego nos Estados Unidos a 8,9%.

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"A taxa de desemprego atingiu seu nível mais alto dos últimos 25 anos. Isso mostra que ainda estamos no meio de uma recessão que demorou anos para chegar e que demorará meses ou até anos para sair", disse Obama durante um discurso em Washington organizado no dia da publicação dos novos números sobre o emprego para anunciar medidas em favor da educação dos desempregados.

Obama avisou que a economia continuará perdendo empregos nos próximos meses.

"Mesmo que ainda tenhamos muito caminho a percorrer antes deixar esta recessão para trás, nosso motor econômico está recomeçando a funcionar", afirmou.

O presidente americano mencionou a estabilização do consumo e das vendas do setor imobiliário, e o primeiro aumento em seis meses das despesas de construção. "Estamos avançando aos poucos", disse

Desde o início da recessão, em dezembro de 2007, a economia americana perdeu 5,7 milhões de empregos, e a taxa de desemprego aumentou quatro pontos percentuais, segundo números do governo.

Diversos indicadores econômicos recentes sugerem que a pior fase da crise já passou. Ben Bernanke, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), disse que a recuperação econômica deve chegar antes do fim deste ano. Porém, muitos economistas acreditam que o restabelecimento do emprego levará mais tempo, e que a taxa de desemprego passará dos 10% antes do fim de 2010, quando começará a cair.

Educação

Obama anunciou medidas para mudar "regras absurdas" que desestimulam os desempregados a ir à universidade ou a se formar durante seu período de inatividade.

Em alguns estados, os desempregados que estão se formando podem acabar perdendo o seguro-desemprego, porque têm de estar sempre disponíveis para um novo trabalho, lamentou.

Além disso, muitos desempregados não ganham bolsas de estudos, calculadas na base de sua renda do ano anterior, quando ainda tinham um emprego.

Obama afirmou que seu governo vai intervir junto os estados e as universidades para "modificar significativamente nossa posição sobre o desemprego neste país, para que não seja apenas o período durante o qual vocês procuram um novo emprego, mas também o período em que vocês se preparam para um trabalho melhor".
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