O Sindicato dos Servidores do Sistema Prisional de Mato Grosso (Sindipriss) protocolou no Ministério Público um pedido de interdição da Cadeia Pública de Poconé (a 104 km da Capital). O presidente do sindicato, João Batista, alegou que a falta de condições tem comprometido a segurança dos agentes e dos próprios presos.

O sindicato informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que os problemas de superlotação, estrutura precária e carência de agentes prisionais, argumentos usados pela Corregedoria do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ) quando foi concedida a interdição parcial da cadeia pública de Poconé, perduram até hoje, mais de dois anos depois.

Em 2011, detentos espancaram três acusados de estupro dentro de uma cela. O único agente prisional, que estava de plantão, nada pôde fazer. As três celas da cadeia estão superlotadas. Não há agentes suficientes para o controle dos presidiários.

Construída com capacidade para 20 presos, a cadeia tem hoje cerca de 50 detentos. Sempre fica apenas um agente cuidando das celas.

No total, seis se revezam em regime de plantão junto a um agente de Desenvolvimento Econômico Social. Eles estão sempre de sobreaviso em caso de emergências.