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Notícias / Ciência & Saúde

Hepatite é uma ameaça para os foliões durante os dias de Carnaval

G1

Nesta sexta-feira (17) começa a folia do Carnaval. Muita alegria e descontração ao som de marchinhas e sambas enredo. Mas, a Secretaria Estadual de Saúde faz um alerta sobre a necessiade de prevenção às hepatites durante o reinado de momo.

Os vírus A, B, ou C atacam o organismo de forma silenciosa e podem causar danos irreversíveis ao fígado durante anos, sem que a pessoa perceba. Para evitar o contato com a doença, é importante seguir algumas recomendações médicas começando pela vacinação de combate a hepatite B, disponível, gratuitamente, na rede pública de saúde para pessoas entre zero e 19 anos.

O médico hepatologista Carlos Baía, explica que é muito importante o uso do preservativo para evitar a contaminação com o vírus do tipo B, que em 70% dos casos é transmitido em relações sexuais e chega a contagiar até 100 vezes mais do que a AIDS. “Sexo seguro deve ser feito com camisinha, seja durante o carnaval ou ao longo do ano. O contágio com a hepatite B pode ocorrer em uma única relação sem proteção”.

O estudante Marcos Moraes, curti os quatro dias de carnaval em Cerquilho, no interior de São Paulo. Morador da capital, o rapaz fala que durante os dias de folia é normal um namoro de Carnaval. “Se pintar algum “enrosco”, eu tenho sempre uma camisinha na minha carteira e a prevenção é essêncial”.

Alimentos e até mesmo água comercializados nas ruas ou em ambientes precários, sem que haja condições básicas de higiene, podem estar contaminados e servir de vetores para a hepatite A. O ideal é evitar, inclusive, dividir copos, latinhas de cerveja e talheres, pois este tipo de vírus é transmitido, também, pelo contato pessoal. “O vírus pode ser transportado pela saliva. Não compartilhar bebidas com pessoas desconhecidas, por exemplo, é uma forma simples de prevenção”, enfatiza o profissional.

A atendente Maria José Silva, só saí de casa depois de ir ao supermercado comprar copos descartavéis e a própria bebida. “Eu pego e distribuo os copos para os meus amigos no baile do clube. É perigo ficar tomando no copo das pessoas”, fala ela.

No Brasil, a hepatite C é a maior responsável pela cirrose hepática. O médico explica que “Transmitido pelo sangue contaminado, o vírus do tipo C sobrevive por várias horas ou até por alguns dias fora do corpo. A maior preocupação em períodos de festa é com os usuários de drogas injetáveis, que costumam dividir seringas e, sem saber, acabam se contaminando”.

Para as mulheres e os homens que se preparam para pular o carnaval, alguns cuidados é essêncial para se precaver contra a hepatite C. A dica para a mulherada é levar o seu próprio kit com alicate e outros instrumentos às manicures. Já os homens devem ficar atentos à higiene com tesouras e outros utensílios na ida ao barbeiro. E se a folia incluir, também, uma nova tatuagem no corpo, só vale se as agulhas do estúdio forem esterilizadas.
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