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Excesso de burocracia e sistemas indecifráveis atrapalham crescimento

Da Redação/Thalita Araújo

Um dos grandes desafios brasileiros para empreender o crescimento é dinamizar os processos burocráticos. Essa é uma afirmação cujo conteúdo tem sido bastante comentado por executores e legisladores no país. Em Cuiabá, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PP), diz que o rigor e a exigência são bons e necessários, mas que o excesso é que traz problemas. O prefeito Wilson Santos (PSDB) comenta que existem alguns processos indecifráveis no sistema nacional.

“Ás vezes uma obra para por uma questão tão insignificante, que não causaria prejuízo, nem nada. Então é preciso mensurar isso, para ver o que realmente pode parar uma obra”, diz Riva. Na semana passada, em entrevista ao Olhar Direto em Brasília, o senador Gilberto Goellner (DEM-MT), disse que existem verdadeiras “aberrações da legislação” que atrapalham o crescimento nacional.

Na capital, o prefeito Wilson Santos (PSDB) diz que vem sentindo a questão nas obras do Programa de Aceleração do Crescimento, PAC. Uma das explicações que ele dá para o atraso das obras e toda a polêmica que envolve o programa aqui na cidade, é que se trata de um projeto novo, que ainda está em fase de maturação. “Até hoje o PAC está sendo arrumado. Toda semana tem uma portaria nova ajustando, corrigindo”, diz o prefeito, que complementa afirmando que toda essa burocracia é uma das “heranças malditas” que a metrópole portuguesa nos deixou.

“Vivemos em um estado extremamente burocrático, com sistemas e processos indecifráveis. Eu cito um exemplo: em 1993, quando Dante foi prefeito, ele resolveu iluminar um terço da Avenida Beira Rio. Ele gastou seis meses fazendo licitação. A empresa vencedora fez a obra em 14 dias. Este é Brasil. Este é o país das certidões. É o país da papelada. Se você não tiver paciência e tolerância é um aneurisma por semana” conta Wilson.
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