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Dispensado na base do Fla, ‘baixinho’ é arma do Resende na luta por vaga

globoesporte.com

Foi por centímetros que as chances no Flamengo cessaram. Entre 1997 e 2003, o garoto Josemar fez parte da base rubro-negra. Um ano antes de sair, virou Hiroshi por conta da semelhança com o atacante Sandro Hiroshi, que passou pela Gávea em 2002. Aos 16 anos e com 1,67m, Josemar deixava o clube sem realizar o sonho de virar profissional. Culpa da baixa estatura.

- Meu problema foi de crescimento. Saí do clube quando era juvenil. Fazia parte do projeto SOMA (criado para acompanhar o desenvolvimento de atletas), mas não obtive o resultado. Era um trabalho para crescimento e ganho de músculos, realizavam todo o acompanhamento, tinha natação. Fiz durante três anos. Não havia uma meta, mas estava muito abaixo do pessoal. Eu jogava de segundo volante, mas preferiam os garotos mais fortes e mais altos. Só comecei a crescer depois que saí. Aí fez efeito (risos).

Depois de ser dispensado, Hiroshi espichou. Cresceu 13 centímetros em um ano, entre os 17 e 18. Virou profissional no Friburguense e até mudou de posição.

- Virei meia por causa do tamanho. Depois que virei profissional, comecei a rodar. Joguei no Fortaleza, passei dois anos em Portugal, uma experiência muito boa, e voltei para o Resende. Estou há três anos, mas já saí. Fui para o Madureira, joguei na Ucrânia, Bangu. Pertenço ao Resende e tenho contrato até o fim deste ano.

Aos 25 e agora com 1,81m, ele conta que foi da mesma turma do goleiro Marcelo Lomba, do lateral-esquerdo Egídio e dos meias Fellype Gabriel e Vinícius Pacheco. Todos eles se tornoram profissionais no Flamengo, mas atualmente não estão no clube.

- Por um tempo foi difícil, no começo essa saída ficou na minha cabeça, ainda mais pelo motivo. Mas aconteceu, foi um aprendizado. Não tenho nenhuma mágoa do Flamengo, voltaria a trabalhar no clube.

‘Troco’ em 2009

Hiroshi não tem nenhum sentimento negativo. Neste sábado, deve ser titular contra o Rubro-Negro pela última rodada da fase classificatória da Taça Guanabara. As equipes disputam uma vaga na semifinal. Ele não esconde que será especial. De novo. Em 2009, viveu uma experiência marcante. Os times jogaram pela semifinal do primeiro turno. A equipe do Sul Fluminense venceu por 3 a 1, no Maracanã, eliminou o gigante e pela primeira chegou tão longe. Hiroshi fez um dos gols.

- Também foi num sábado de carnaval. Um jogo marcante para mim e histórico para o Resende. Fomos para a final, mas perdemos para o Botafogo. Naquele jogo, passou um filme da história que tive no clube. Mas sem nenhum rancor, pelo contrário. Sou grato ao Flamengo.

O gol de Hiroshi foi o mais bonito da partida. De fora da área, ele acertou o ângulo do goleiro Bruno. Agora, quer fazer uma nova vítima.

- Quero fazer um gol no Felipe. Ainda não marquei nenhum no campeonato. Que seja contra o Flamengo. Contra goleiros de alto nível, que sempre jogam em grandes equipes, a vontade é essa. Os chutes de fora da área são minha principal característica. Vamos ver se consigo repetir.

Apesar da vantagem do Resende, que joga pelo empate, o meia reconhece que será complicado segurar o adversário, principalmente com o reforço do atacante Vagner Love.

- O Flamengo tem muitos pontos fortes. Tem o Léo Moura, que está muito bem, o Ronaldinho, o Love. O time inteiro é excelente.

A partida será às 16h20m (de Brasília), no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. Para avançar, o Flamengo precisa vencer para não depender de um tropeço do Botafogo, que enfrenta o Macaé no mesmo horário.
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