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Micro-algas podem ajudar a prever impactos de derramamento de óleo

G1

Um estudo apresentado em 17 de fevereiro no Canadá mostra que micro-organismos do Ártico poderão, em breve, ajudar a prever com precisão os impactos ambientais provocados por derramamentos de petróleo e também pelas mudanças climáticas. A pesquisa é de Marcel Babin, da Universidade Laval, no Canadá.

"Se alguém me pergunta qual será o impacto de um derramamento de petróleo no Ártico, a única maneira de dar uma resposta precisa é conhecendo e entendendo como funcionam estes sistemas [dos micro-organismos marinhos]", afirma Babin.

O cientista tenta descobrir como mudanças nas condições ambientais, provocadas por mudanças climáticas ou derramamentos de petróleo, podem modificar a quantidade de algas em águas do Ártico. Até o final deste ano, os modelos da pesquisa poderão prever como será a produção desses micro-organismos durante a próxima década na região.

"A luz é necessária para que as algas cresçam. Menos gelo do mar significa mais luz, o que significa mais algas", explica Babin. "Como elas são a base da cadeia [alimentar], nós esperamos que essas mudanças vão alterar a estrutura de comunidades inteiras em ambientes marinhos".

Babin e sua equipe estão utilizando os mais recentes avanços em sensoriamento remoto por satélite para desenvolver novas maneiras de monitorar mudanças de condições ambientais no Ártico. Isso envolve a criação de modelos computacionais do ecossistema da região, além da reprodução em laboratório do habitat dos fitoplânctons, com variações nos níveis de nutrientes, luz e temperatura.

"Estamos olhando para mudanças na produção de algas marinhas na última década e observando o impacto que ela sofre de mudanças na cobertura de gelo e da quantidade de nuvens no Ártico", aponta Babin.
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