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Recorde de público em SP, Brasil Open cogita crescer para ATP 500

Globo Esporte

Em sete dias de Brasil Open, o Ginásio do Ibirapuera recebeu 45.700 pessoas. Em sua primeira edição em São Paulo, o torneio teve jogadores melhores, mais atenção da imprensa e estabeleceu um recorde de público. Orgulhosa do resultado, a Koch Tavares, promotora do torneio, quer mantê-lo crescendo, e uma das possibilidades é transformar o atual ATP 250 em um torneio maior, pertencente à série ATP 500.

Luiz Procópio Carvalho, gerente geral do Brasil Open, disse após a final deste domingo que outra das metas para 2013 é trazer um tenista ranqueado entre os dez melhores do mundo. Este ano, o espanhol Nicolás Almagro fechou acordo para vir a São Paulo quando era o décimo do ranking, mas já era o 11º quando chegou ao país.

- Nosso objetivo é crescer para um 500. A principal coisa que a ATP sempre buscou é público, e a gente literalmente deu um tapa na cara de todo mundo com 45 mil pessoas. Provou que isso nunca vai ser um problema. A gente vai reavaliar, ver quais são as vantagens e desvantagens, mas acho que a gente conseguiu, com um 250, trazer melhores jogadores. Eu quero que 2013 seja ainda melhor, que tenha um top 10 no mínimo - disse Carvalho.

Uma das preocupações da Koch Tavares é a série de requerimentos de estrutura exigidos pela ATP. Entre outras considerações, a promotora vai avaliar se o Ibirapuera tem condições de satisfazer tudo solicitado pela entidade que controla o tênis mundial.

A mudança de categoria não é algo simples. Além do aumento na premiação (um ATP 250 exige prêmio mínimo de US$ 461 mil, enquanto um ATP 500 requer pelo menos US$ 755 mil), existe um processo burocrático. A promotora do torneio precisa fazer uma solicitação à ATP e tê-la aprovada por uma diretoria constituída de representantes de torneios e de jogadores.

Hoje, a ATP tem nove torneios da série Masters 1.000, 11 da série 500 e outros 40 da série 250 - a mesma do evento paulista. O Brasil Open, contudo, já poderia ser um 500. Quando a ATP separou os eventos nas três divisões, a Koch Tavares teve esta possibilidade, mas não a exerceu por não considerar viável sustentar na Costa do Sauípe (BA) um evento com investimento tão grande. Com a mudança para São Paulo, o cenário é outro.

- Alguns anos atrás, até nos foi ofertada a opção de ser uma categoria 500. Na época, eu achei que não valeria a pena. Você faz um investimento, o negócio custa muito mais caro e você não sabe se o negócio vai acontecer. Acho que muitos desses ATPs 500 não estão satisfeitos. Você investe tanto em prêmio e não tem o retorno necessário. Claro que há um pouco mais de visibilidade, mas não é uma coisa significativa. Lá na Costa do Sauípe, não era necessário fazer isso. Aqui em São Paulo, talvez haja espaço para a gente poder progredir - avalia Luis Felipe Tavares, dono da promotora.


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