Um dia depois retirar Chivas e San Luis da Copa Libertadores da América, a Federação Mexicana de Futebol anunciou neste sábado que rompeu toda relação com a Conmebol. De acordo com a entidade, os sul-americanos "faltaram com a palavra" ao obrigar os dois times daquele país a não jogar em solo mexicano, devido à gripe suína. Até a CBF foi citada.

Devido a esta situação, o presidente da Federação Mexicana, Justino Compeán, anunciou que as equipes de seu país, assim como a seleção, não disputarão mais torneios organizados pela Conmebol.

"São posições totalmente opostas. Com o segundo comunicado, quero informar na qualidade de presidente da FMF, que o futebol mexicano se retira completamente de qualquer competição organizada pela Conmebol, já que não chegamos a um acordo que melhorasse o primeiro comunicado", afirmou Compeán ao jornal mexicano El Universal.

Compeán ainda disse que recebeu o apoio de outras confederações do continente sul-americano, e que a decisão foi uma simples represália a Nicolás Leoz, presidente da Conmebol. Além de criticar Leoz, o dirigente mexicano cogitou que a CBF está envolvida na decisão final da organização sul-americana.

"Falei com o Julio Grondona (presidente da Associação de Futebol Argentino) e ele me pediu para mantermos a porta aberta e que não está de acordo com a decisão, na sua qualidade de vice-presidente executivo. Ele ainda disse que o segundo comunicado é uma decisão do presidente Nicolás Leoz, possivelmente com a influência da CBF", declarou o presidente da FMF.

A Federação Mexicana e a Conmebol se encontrarão novamente em junho, quando será realizado o Congresso Anual da FIFA, para tentar chegar em um acordo satisfatório às duas partes.