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Ladetec passará por reformas para os Jogos Olímpicos do Rio em 2016

SporTV News

O Ladetec, único laboratório brasileiro responsável pelo controle antidoping da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas do Rio-2016, vai passar por reformas após se envolver em polêmicas. De acordo com o Ministério do Esporte, uma nova instalação, munida de novos equipamentos, será construída para modernizar o local, que recentemente flagrou atletas de forma equivocada.
O diretor da Secretaria de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Marco Aurelio Klein, garantiu que o novo laboratório estará apto para realizar o controle de doping das Olimpíadas que serão sediadas no Brasil. Segundo ele, o projeto já foi encaminhado à Agência Mundial Antidoping (Wada) e ao Comitê Olímpico Internacional (COI).

- Tanto a Wada quanto o COI gostaram muito do projeto, acharam muito interessante e vão seguir acompanhando o desenvolvimento até a construção para que ele esteja pronto até um ano antes dos Jogos. Haverá mudanças nos equipamentos, nos testes, além da certificação da nova instalação, que será muito moderna. O laboratório que sai dos Jogos Olímpicos é o legado mais importante do evento, ou seja, é modernizar a infraestrutura - disse.

O caso mais notório envolvendo erros da Ladetec foi o do jogador de vôlei de praia Pedro Solberg. Em maio de 2011, um exame do laboratório flagrou o atleta pelo uso de um esteroide. Negando ter ingerido qualquer substância ilegal, ele foi suspenso e teve de recorrer a uma empresa do exterior para provar sua inocência. O novo exame, realizado na Alemanha e autorizado pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB), não apontou doping, e Solberg foi liberado para jogar.

- Para drogas sociais, estimulantes e coisas baratas, o Ladetec está bem treinado. Para coisas mais evoluídas, não está. Fica desagradável para a gente ter que recorrer a laboratórios no estrangeiro quando o Brasil é a sexta maior economia do mundo - afirmou, na época, o presidente da Confederação Brasileira de Vôlei, Ary Graça.

O Ladetec é o único no Brasil e um dos 33 laboratórios do mundo credenciados pela Agência Mundial Antidoping. O laboratório recebe verbas do Governo Federal desde a preparação dos Jogos Pan-Americanos de 2007. Na época, foram injetados mais de R$ 7 milhões. Em 2010, foram apenas R$ 500 mil. Desde o ano passado, a presidente da República Dilma Rousseff liberou mais de R$ 5 milhões para reformas, o maior aporte disponibilizado de uma só vez.

A possibilidade de substituir o Ladetec para credenciar outro laboratório junto à Wada foi descartada, pois o procedimento demoraria até cinco anos e comprometeria as Olimpíadas de 2016.
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