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Dilma ficou com a faca e o queijo na mão, avalia Campos sobre cortes
De Brasília - Vinícius Tavares
Parlamentar de oposição e com grande experiência no poder executivo em Mato Grosso, o deputado federal Júlio Campos (DEM/MT) avalia que o corte nas emendas parlamentares promovido pelo governo federal vai aumentar o poder de barganha do Palácio do Planalto nas negociações com o Congresso Nacional visando as eleições municipais de 2012.
"A presidente Dilma Rousseff ficou com a faca e o queijo na mão. Ela puxou a corda até o limite e agora pode negociar o que quiser com o Congresso. E vai ficar mais difícil principalmente para os parlamentares de oposição", declara.
Veterano nesta área, o deputado lamenta que o contingenciamento nos recursos, anunciado antes do carnaval e com o objetivo de garantir um crescimento da economia de 4,5% ao ano, atinja diretamente os municípios que mais necessitam.
"O corte prejudica sobremaneira as pequenas comunidades, as obras estruturantes, os recursos para asfalto, praças, creches e escolas", destaca.
Júlio Campos admite que ainda não tomou conhecimento de quais emendas foram cortadas, mas revela que o corte é impactante, pois impede que os deputados e senadores indiquem a destinação de R$ 15 milhões em emendas individuais e uma das 11 emendas de bancada a que os congressistas de Mato Grosso têm direito.
No entanto, Júlio acredita que a presidente Dima Rousseff voltará atrás da decisão de cortar as emendas. "Acredito que, passadas as eleições municipais e com o aumento da arrecadação federal, a presidente Dilma possa rever sua decisão", prevê.