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Loco perde pênalti e Flu vai à final da Taça Guanabara

Lancenet

Graças ao goleiro Diego Cavalieri, que defendeu dois pênaltis, o Fluminense está na decisão da Taça Guanabara. Após um empate em 1 a 1 no tempo normal, com gols de Elkeson e Leandro Euzébio, o Tricolor superou o Botafogo, nesta quinta-feira, no Engenhão, nas cobranças de penalidades máximas, por 4 a 3.

Com a classificação sofrida, o Fluminense vai enfrentar o Vasco, que eliminou o Flamengo, na final do primeiro turno do Campeonato Carioca, no próximo domingo. Ao Botafogo só resta o compromisso da próxima quarta-feira, contra o Americano, já pela primeira rodada da Taça Rio.

ETAPA INICIAL MAIS TRUNCADA QUE JOGADA

Nada como a rivalidade para elevar as emoções. Provocados pelo jogaço entre Flamengo e Vasco na primeira semifinal, Botafogo e Fluminense começaram a partida em ritmo intenso. Porém, com um número maior de passes errados - foram 29 no primeiro tempo, enquanto que em todo o clássico de quarta foram 36.

Com dificuldade para rodar a bola e superar a marcação adversária, principalmente à frente da grande área, ambas as equipes passaram a insistir nos lançamentos. Não foi à toa que as melhores jogadas do primeiro tempo, como a cabeçada de Thiago Neves, saíram dessa forma.

Destaque do Flu na temporada, Wellington Nem pouco produziu pela direita, já que tinha a missão de marcar Lucas pela esquerda. Thiago Neves foi sufocado por Marcelo Mattos. Restou a Deco conduzir o Tricolor. Enquanto isso, o time de Oswaldo de Oliveira sofria sem Maicosuel.

Então não poderia dar outra coisa ao fim do primeiro tempo que esse empate de poucas chances de gol, sem muito brilho, e com muita pegada.

FIM DO CLÁSSICO ELETRIZANTE

O Fluminense voltou para o segundo tempo igual em nomes, mas diferente em postura. Voltou mais ousado. Em menos de cinco minutos, foram duas grandes oportunidades. Primeiro Wellington Nem, após vacilo de Elkeson. Depois foi Fred, em cobrança rápida de escanteio de Thiago Neves. Era a vontade de encerrar o jejum de vitórias em clássicos, que durava incríveis 11 jogos.

Já o Botafogo de Elkeson e Andrezinho não se encontrava em campo e tampouco encontrava Loco Abreu na grande área. O único jogador que encontrou alguma coisa, mais especificamente a bola, foi Jefferson, autor de bela defesa em cabeçada de Thiago Neves.

Foi necessário ao Alvinegro parar de procurar por algo desconhecido e perceber o que estava lá, diante de seus olhos, durante todo o jogo, para abrir o placar: os espaços às costas dos laterais do Fluminense. No vazio deixado por Carlinhos, Herrera avançou pela direita em ataque surpresa para zaga do Flu e tocou rasteiro para Elkeson, posicionado no meio da área, fazer o primeiro gol do Clássivo Vovô.

Só que um lateral do próprio Botafogo seria o responsável, negativamente, pelo empate tricolor seis minutos depois, aos 34. Muito provavelmente sem saber, Márcio Azevedo deu condições para que Leandro Euzébio recebesse o cruzamento de Deco em posição legal. O zagueiro do Fluminense dominou e finalizou com categoria.

A partir daí, após dois gols em tão curto espaço de tempo, as torcidas se empolgaram e começaram a empurrar seus times. Os treinadores também ficaram mais soltos e trataram logo de fazer substituições. Abelão partiu para o tudo ou nada com Araújo e Rafael Moura. Já Oswaldo optou por ser mais conservador com Lucas Zen, mas rápido com Caio, tirando Marcelo Mattos. Só que as emoções de verdade ficariam para a cobranças de pênalti, após o empate em 1 a 1 no tempo normal.

LOCO ABREU ESBARRA EM DIEGO CAVALIERI NOVAMENTE...

O primeiro a cobrar foi Fred, capitão do Flu. O atacante converteu com competência, no canto, alto e forte, com pede o manual e sem chances para Jefferson. Em seguida veio Andrezinho, para empatar para o Botafogo. O terceiro foi Jean, que bateu muito mal e facilitou as coisas para o goleiro alvinegro defender. Com um chute forte, Herrera, na cobrança seguinte, deixou o Botafogo na frente.

Thiago Neves aliviou um pouco o clima de tensão da torcida tricolor ao converter sua cobrança, a terceira do Fluminense. A situação ficou ainda melhor quando Diego Cavalieri defendeu a tentativa do lateral botafoguense Lucas, deixando a decisão empatada em 2 a 2. O Flu ficou na frente de novo após bela cobrança de Rafael Moura, colocando a bola no ângulo esquerdo do gol.

O quarto a cobrar pelo Botafogo foi Renato, que cumpriu bem sua missão. Assim como o zagueiro Anderson, colocando no canto direito de Jefferson. Assim, coube o clássico ser encerrado com a reedição do confronto entre Diego Cavalieri e Loco Abreu. Na terceira vez em que os dois se encontraram na grande área do Engenhão, o goleiro se saiu melhor. Defendeu a finalização do camisa 13 e classificou o Fluzão à decisão da Taça Guanabara.

FICHA TÉCNICA
BOTAFOGO 1 X 1 FLUMINENSE (3x4 nos pênaltis)

Local: Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
Data/horário: 23/02/2012 - 21h (de Brasília)
Árbitro: Péricles Bassols (RJ)
Auxiliares: Wagner Santos (RJ) e Jackson dos Santos (RJ)
Renda/Público: R$ 541.615 / 17.027 pagantes
Cartões Amarelos: Antônio Carlos (BOT) e Edinho (FLU)
Gols: Elkeson - 28'/2ºT (1-0) e Leandro Euzébio - 34'/2ºT (1-1)

BOTAFOGO: Jefferson, Lucas, Antônio Carlos, Fábio Ferreira e Márcio Azevedo; Marcelo Mattos (Caio - 38'/2ºT), Renato, Andrezinho e Elkeson (Lucas Zen - 34'/2ºT); Herrera e Loco Abreu - Técnico: Oswaldo de Oliveira.

FLUMINENSE: Diego Cavalieri, Bruno (Rafael Moura - 34'/2ºT), Leandro Euzébio, Anderson e Carlinhos; Edinho, Diguinho, Deco (Jean - 36'/2ºT) e Thiago Neves; Wellington Nem (Araújo - 27'/2ºT) e Fred - Técnico: Abel Braga.

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