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Notícias / Ciência & Saúde

Secretaria de Saúde alerta sobre focos de mosquito da dengue no período pós-Carnaval

Redação/Secom-MT

Com o objetivo de evitar a proliferação do mosquito da dengue (Aedes Aegypti), o Governo do Estado de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES), está lançando uma força-tarefa, em conjunto com as prefeituras, para realizar a limpeza das áreas urbanas no período pós-Carnaval.

Segundo o superintendente de Vigilância Sanitária, Oberdan Lira, a limpeza urbana deve ser prioridade nesta época porque a produção de lixo aumenta e com isso há maior possibilidade de formação de criadouros. “As prefeituras, secretarias municipais de Saúde, associações de bairro e a população devem se unir para evitar a proliferação. A solução para a Dengue é não deixar o mosquito nascer”, explica.

“Nos próximos 20 dias, as ações de combate à dengue devem ser intensificadas, principalmente nos lugares onde foram realizadas festas de Carnaval”, alerta Oberdan, explicando que nos cinco primeiros dias, a limpeza e retirada de lixo devem ser priorizadas, pois é o período de reprodução do mosquito. Nos outros 15 dias, as pessoas que foram picadas podem apresentar os sintomas da dengue, aumentando os casos da doença no Estado.

O superintendente destaca que o governo estadual está desenvolvendo diversas ações para combater a dengue no Estado, como a campanha “Mato Grosso unido contra a Dengue”, que leva orientação aos cidadãos sobre como eliminar o mosquito. “Nos municípios onde os casos aumentarem, também será feita uma campanha específica, com peças diferenciadas, para alcançarmos melhores resultados”, informa. Outra ação importante é a entrega de bombas costais motorizadas para os municípios, que são usadas para fazer o bloqueio em regiões de alto índice de infestação.

O Ministério da Saúde também forneceu um aporte de aproximadamente 20% a mais no teto financeiro da Vigilância em Saúde para os 67 municípios de maior população de Mato Grosso. “Os recursos devem ser usados conforme Plano de Contingência, apresentado a Superintendência de Vigilância Sanitária. O Estado, em parceria com o Ministério Público, Tribunal de Justiça e outros órgãos, estão fazendo o acompanhamento da aplicação destes recursos nos municípios”, explica Oberdan.

“Se você vir um mosquito em sua residência, não pense que ele veio de um terreno baldio ou do vizinho. Ele está na sua casa e é sua responsabilidade ajudar a eliminá-lo”, alerta o superintendente de Vigilância Sanitária, salientando que esta responsabilidade deve ser levada para outros locais que a pessoa frequenta, como igrejas, escolas, creches, supermercados.

Dengue Tipo 4

Há cerca de três semanas, a Vigilância Sanitária identificou casos da dengue Tipo 4 em Mato Grosso. Conforme Oberdan Lira, essa tipologia será responsável pelo aumento de casos da doença no Estado. Até o momento foram registrados casos em Várzea Grande, Cuiabá e Nobres, mas os casos não estão sendo graves. As faixas etárias de maior risco são crianças abaixo de 15 anos e idosos acima de 60 anos e pessoas que possuem doenças crônicas, como diabetes e pressão alta.

A dengue Tipo 4, explica o superintendente, está sendo branda, mesmo em pessoas que já tiveram outros tipos de dengue anteriormente. Os sintomas relatados são dor atrás dos olhos, febre entre 39 e 40 graus e sintomas inespecíficos, semelhantes ao de gripe. As pessoas que apresentarem esses indícios devem procurar primeiramente uma Unidade de Saúde Básica, que realizará o diagnóstico e começará o tratamento. Os hospitais devem ser evitados, pois se destinam a casos graves.

O tratamento para a dengue não é específico, mas é sintomático e varia conforme a pessoa. “Ficar em repouso, tomar muito líquido e seguir as orientações da Unidade de Saúde. São essas as recomendações para quem tiver dengue. Se houver dor abdominal, enjoo ou vermelhidão na pele, volte ao posto de saúde pois o caso pode ser mais grave”, alerta Oberdan.

A gravidade da dengue não está vinculada ao tipo de vírus e sim a interação ou a história pregressa de doenças de base. Toda a vez que se prega dengue pela primeira vez, a probabilidade de desenvolver casos graves é menor. Na segunda vez é maior. Quanto à tipologia, o vírus mais grave é o tipo 2, que já está em Mato Grosso desde 2009.
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