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Luxemburgo quer Grêmio temido no Olímpico: 'Já senti muito medo aqui'

globoesporte.com

Vanderlei Luxemburgo quer transformar aquela que foi sempre uma pedra no seu sapato em grande aliada. Agora vestindo o abrigo azul do Grêmio, o técnico revelou que deseja fazer os adversários passarem pelos mesmos problemas que enfrentou quando vinha enfrentar o clube no Olímpico: a conhecida pressão da casa gremista, que já foi capaz de amendrontar por diversas vezes o experiente treinador.

- Quando vinha ao Olímpico, a minha maior preocupação era fazer os meus jogadores não sentirem medo de jogar aqui. Nas minhas palestras, tentava fazê-los esquecer. Eles entravam pressionados. É isso o que eu quero. Eu sei que, quando os outros vêm aqui, sentem medo e respeito. Eu senti muito medo - reconhece. - O adversário terá que sofrer muito para ganhar aqui.

Histórico de apuros e Olímpico mais manso

Tomando como exemplos alguns jogos decisivos da carreira de Luxemburgo, o Olímpico realmente foi de assustar. Foi eliminado com derrota no Olímpico em mata-matas na Copa do Brasil de 1995 (Flamengo), no Brasileirão de 1996 (Palmeiras) e na Libertadores de 2007 (Santos). Na Copa do Brasil de 2001, vencia o Grêmio com o seu Corinthians por 2 a 0 na partida de ida da decisão e viu o Tricolor buscar o empate de 2 a 2 em Porto Alegre.

Até quando se classificou sobre o Grêmio, o Olímpico atormentou. A vaga na final da Copa do Brasil de 1996 só chegou para Luxa após dramática derrota por 2 a 1, com direito a gol anulado de Jardel no minuto final e pancadaria após o apito do árbitro.

O desejo de Luxemburgo, ávido por fazer do Olímpico um templo de supremacia azul, soa como uma medida de emergência ao se comparar o desempenho do Grêmio em casa nos últimos anos. Aos poucos, o poder de pressão do Olímpico parece ter arrefecido. Nos Brasileirões, por exemplo, o aproveitamento despencou de impressionantes 82% em 2009 para os nada animadores 57% em 2011.

O técnico ainda espera ver o Tricolor gaúcho ocupando os espaços. Para Vanderlei, é imprescindível ter “atitude”. E um exemplo foi na vitória sobre o rival Inter, na noite de quarta-feira, em pleno Beira-Rio.

- O perder ou ganhar está na atitude. Atitude é fundamental. O Grêmio teve. Gostei da atitude. O Grêmio de ontem (quarta) foi o Grêmio que todos estão acostumados.

Luxa, no entanto, fez uma ressalva. Conhecido por armar times ofensivos, que priorizam o toque de bola, lembrou que é necessário o time buscar o jogo. Além disso, salientou a importância de vencer atuando também como visitante.

Como não poderia deixar de ser, o treinador, que chegou para substituir Caio Júnior (que trabalhou em apenas oito partidas pelo clube), entende que o Grêmio ainda tem muito a melhorar. Questionado sobre reforços, Vanderlei evitou dar os nomes e as posições para as quais deseja receber caras novas.
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