Imprimir

Notícias / Brasil

Jet ski que atropelou e matou menina no litoral de SP passará por perícia

G1

O jet ski que atropelou e matou a menina Grazielly Almeida Lames, de 3 anos, em uma praia de Bertioga, no Litoral Norte de São Paulo, deverá passar por perícia da Polícia Técnico Científica e da Capitania dos Portos na segunda-feira (27). O objetivo dos peritos será o de tentar saber se a embarcação apresentou alguma falha mecânica ou não quando foi acionada.

O adolescente suspeito de pilotar o jet ski afirmou na sexta-feira (24) em depoimento à polícia que deu partida na embarcação. A informação foi confirmada pelo advogado dele, Maurimar Bosco Chiasso. "Ele simplesmente confirmou toda aquela informação (...) de que ele inadvertidamente acionou o jet ski, se projetou e aconteceu esse fatídico acidente", afirmou ao Jornal Nacional.

A polícia ouviu quatro turistas que estavam na praia no momento do acidente. Uma das testemunhas disse ter visto quando os dois adolescentes subiram no jet ski e aceleraram. O veículo empinou, os garotos caíram na água e o equipamento seguiu até a areia, acertando a menina, segundo ela.

A testemunha estava na praia com a filha de também 3 anos. Ela disse ter visto três pessoas levarem a embarcação até a água. A mulher que afirmou ter presenciado o caso foi levada à delegacia pelo advogado dos pais da menina.

Nesta quinta (23), a mãe de Grazielly, Cirleide Lames, afirmou que a família do adolescente suspeito de conduzir o equipamento ainda não havia entrado em contato com ela. A declaração foi dada logo após prestar depoimento na delegacia da cidade.

“Até o momento nenhum [contato], nenhum telefonema. Isso é o que mais deixa a gente triste. Eles não prestaram nenhum tipo de socorro no momento. E isso é muito difícil”, disse a mãe. Ao comentar a declaração do advogado de que a família do suspeito também sofre por conta do acidente, Cirleide disse: “Eu queria que a mãe dele colocasse o filho dela no lugar da minha filha. Aí ela saberia o que é sofrimento".

O delegado Maurício Barbosa Júnior disse que o próximo passo é ouvir os responsáveis pela embarcação.
Imprimir