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Notícias / Ciência & Saúde

Saiba como funciona a base da Marinha brasileira na Antártida

G1

Na madrugada deste sábado (25), um incêndio atingiu a Estação Antártica Comandante Ferraz, base da Marinha do Brasil na Antártida, deixando um militar ferido e dois desaparecidos. A base foi inaugurada em fevereiro de 1984, e serve hoje basicamente como estação de pesquisa, além de abrigar militares da Marinha.

Segundo Alberto Setzer, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que já fez 25 expedições ao local para pesquisa na área de meteorologia, a base abriga três "blocos" de pessoas. "Um grupo é o de militares da Marinha, encarregados do dia-a-dia da estação, de manter a base funcionando. A manutenção é feita pelo segundo grupo, que são civis do arsenal da Marinha, fazem a manutenção básica, de construção, estrutura. E tem um terceiro grupo que é dos pesquisadores civis, sendo que esses estão mais presentes no período de verão - por exemplo agora estavam cerca de 30 pesquisadores. Durante o inverno esse numero cai muito. Não tanto pelo frio, mas porque as atividades ficam muito mais restritas."

De acordo com o site do programa antártico brasileiro, o complexo tem cerca de 2.600 metros quadrados de área construída, com laboratórios, oficinas, heliponto, praça de máquinas com geradores, cozinha industrial, padaria, biblioteca, lavanderia, academia, enfermaria, acomodações, entre outras instalações.

Incêndio
A Força Aérea Brasileira (FAB) enviará na tarde deste sábado (25) uma aeronave C-130 Hercules à cidade chilena de Punta Arenas. O avião vai para trazer de volta ao Brasil militares e funcionários que estavam na Estação Antártica Comandante Ferraz, base da Marinha do Brasil atingida por um incêndio.

O incêndio ocorreu, segundo a Marinha, no local onde ficam os geradores de energia, por volta das 2h (horário de Brasília) deste sábado. Um Inquérito Policial Militar foi instaurado para apurar as causas.

A aeronave deixará por volta das 16h a base aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, rumo a Pelotas, no Rio Grande do Sul. Na cidade gaúcha, a Força Aérea planeja buscar militares da Marinha que vão ajudar na operação e materiais para abrigo do frio.

Ao todo, estão em Punta Arenas à espera de resgate 30 pesquisadores, um alpinista que auxilia nos estudos, um representante do Ministério do Meio Ambiente e 12 funcionários do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro. Ele foram levados da Estação Antártica Comandante Ferraz para a cidade chilena por um avião da Força Aérea Argentina.
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