Na sexta-feira, perto da estreia no Brasileiro, o treino do Corinthians teve só dois titulares em campo: Dentinho e Felipe. Fora dois contundidos, e uma provável ausência de Ronaldo, não havia indicativo sobre o time contra o Internacional.

No gramado do CT do Parque Ecológico, Mano Menezes orienta um treino de ataque e defesa. Dá muito mais instruções à retaguarda. O zagueiro Jean tem até conversa separada com o treinador.

Rapidamente, jornalistas anotam a formação escolhida, que incluiu o novato Jucilei, Boquita e Morais no meio, entre outros. Eram três zagueiros.

Após o treino, Mano fala às emissoras de televisão.

Confirma que poupará o atacante Ronaldo e que perdeu Elias e o capitão William, lesionados.
Nada mais diz, a não ser que escolherá a escalação baseado no cansaço dos atletas. "Vou definir no sábado [ontem] à noite."

Em seguida, é a vez de radialistas o cercarem. Um deles indaga se Cristian e André Santos estão muito cansados. "Se eu te responder isso, estou te dando que eles estão fora", esquiva-se Mano, rindo.

É a vez dos repórteres de jornal, sem gravadores. "O time pode jogar com três atacantes, com o Jorge Henrique?", pergunta um.

"O Jorge Henrique está fora. Sabe o motivo? Ele saiu assim do campo [contra o Atlético-PR], apoiando-se em mim", conta Mano, enquanto imita um jogador cambaleante que senta no banco.

Mais um fora. Quem substitui Ronaldo? "Dentinho ou Souza", afirma Mano, que não descartou escalar os dois juntos.

O treino com três zagueiros na formação defensiva, do início do mistério, "não era nada", segundo Mano. "Eu estava treinando o ataque", explica.

O técnico ameaça revelar mais, e o assessor de imprensa pôe a mão no seu ombro e o tira de lá. Ele sai sorrindo.