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Sindicatos pedem dados de contas do MT Saúde e cobram participação

Da Redação - Lucas Bólico

Pelo menos cinco sindicatos assinaram e protocolizaram na tarde desta segunda-feira (27) um pedido formal de informações a respeito das contas do MT Saúde, o plano de saúde estadual dos servidores de Mato Grosso.

Os servidores ainda pleiteiam participar de maneira paritária da administração do MT Saúde, de acordo com Gilmar Brunetto, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Pesquisa, Assistência e Extensão Rural do Estado de Mato Grosso (Sinterp).

Os sindicalistas reclamam que o atendimento no MT Saúde está cada vez pior. “Desde que o Silval [Barbosa (PMDB)] assumiu o governo, a situação começou a piorar”, reclama Cledison Gonçalves da Silva, presidente do Sindicato dos Investigadores do Estado de Mato Grosso (Siagespoc).

“Eles dizem que está tudo bem, que vão resolver os problemas, mas não resolvem”, queixa-se Brunetto. De acordo com o cirurgião cardíaco Jarbas Ferrari Júnior, os repasses estão atrasados há meses. “Eles não pagam desde dezembro”, reclama. “Eu não deixei de atender apenas em respeito aos pacientes”, completa.

Os sindicalistas pedem, por meio do documento, o demonstrativo financeiro-contábil dos últimos 24 meses do MT Saúde, contendo as especificações de cada mês com detalhes da contribuição dos beneficiários, co-participação, contribuições do Estado etc.

O MT Saúde tem 15 dias para dar respostas, com exceção de possíveis quesitos solicitados que possuem caráter sigiloso previamente declarado.

Queixas antigas


Em outubro de 2011 o Olhar Direto já havia noticiado que os servidores estavam descontentes com o serviço fornecido pelo plano de saúde. Uma das principais queixas ainda é a dificuldade em marcar consultas, o que não existia antigamente. Agora os servidores devem de ter uma autorização prévia do MT Saúde antes de ir ao hospital.

Sidney Dutra, Diretor Executivo do Saúde Samaritano, empresa que assumiu a gerência administrativa do plano de saúde, diz que apenas está sendo feito o que já deveria ser uma rotina desde o início do plano. “O remédio às vezes é amargo e a injeção dói. Estamos dando um choque de gestão no MT Saúde”.

Ele ainda nega que a exigência de autorização seja para casos de emergência e para exames simples. “Só precisa da autorização para casos de alta complexidade e internação eletiva. É uma maneira de organizar o serviço”, argumenta.

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