A comissão de saúde da Assembléia Legislativa (AL) pretende manter audiência com o governador Silval Barbosa (PMDB), nos próximos dias, quando pedirá a ele que suspenda imediatamente o pagamento às empresas Saúde Samaritano e Open Brasil, intermediadoras da gestão do MT Saúde.

A medida foi decidida em reunião na tarde desta quarta-feira (29) entre os deputados que compõem a comissão de saúde da AL e sindicatos do funcionalismo público estadual.

Os servidores alegam que, embora estejam suspensos os serviços por meio do MT Saúde, os valores referentes ao plano de saúde continuam sendo descontados e o Estado continua pagando às duas empresas administradoras, como afirmou o sindicalista Gilmar Brunetto, representante dos trabalhadores em Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Sinterp).

Ele reforçou que, como não há contrato entre as empresas e os hospitais que prestam serviço ao MT Saúde, não há garantia quanto à estabilidade do sistema e aos cofres públicos. “Elas podem sair de Mato Grosso a qualquer momento e o Estado ter de pagar duas vezes”, resumiu.

De acordo com o deputado Guilherme Maluf (PSDB), da comissão de saúde da AL, o Estado tem repassado cerca de R$ 10 milhões ao mês para as empresas gestoras do plano de acordo com os contratos emergenciais firmados com elas. “Mas temos indícios de que lá na ponta o médico e os hospitais não estão recebendo”, informou o tucano, que ainda não tem data para a audiência com o governador.