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Brasil vai buscar ajuda internacional para prosseguir estudos na Antártica

G1

O secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência e Tecnologia, Carlos Nobre, informou nesta quinta-feira (1º) que o Brasil vai buscar ajuda internacional para que as pesquisas antárticas continuem.

Segundo Nobre, apesar do incêncio que atingiu a Estação Comandante Ferraz no último sábado, não houve prejuízo para 60% dos estudos.

"Vamos procurar apoio para que os cientistas brasileiros continuem as pesquisas como, por exemplo, na base chilena".

Cientistas ligados ao Programa Antártico Brasileiro (Proantar) estiveram reunidos nesta quinta-feira com representantes do ministério em Brasília.

Segundo o secretário, eles recomendaram à pasta que um terceiro navio seja alugado para dar sequência aos estudos na Antártica.

Carlos Nobre informou que o ministério vai se reunir com representantes da Marinha na próxima segunda-feira (5) para discutir propostas e apresentar respostas aos pesquisadores.

O secretário informou que uma nova base será construída na região e que ela deve ficar pronta entre 2014 e 2015. "O novo projeto, que será elaborado por cientistas do Proantar em conjunto com a Marinha, deve começar a ser desenvolvido no fim deste ano e terá vida útil de 30 anos", afirmou.

De acordo com o delegado brasileiro no Comitê Internacional de Pesquisas Antárticas, professor Jefferson Simões, 40% dos projetos da base Comandante Ferraz foram paralisados por causa do incêndio.

"O Proantar não parou por completo. Fizemos um estudo e apresentamos ao ministro [Marco Antônio] Raupp informando que 60% dos projetos não foram interrompidos", afirmou.

Simões disse ainda que as áreas de pesquisas científicas mais afetadas pelo incêndio foram as de pesquisas biológicas e monitoramento ambiental.

"Todos os laboratórios de biologia situados dentro da estação foram totalmente queimados. Infelizmente, também foi queimada uma série de equipamentos caros, que fazem levantamentos e que são usados fora da estação", completou.

De acordo com o ministério, o valor da nova base ainda não foi calculado porque o projeto ainda precisa ser desenvolvido.

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