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Turistas são indiciadas por crime contra o patrimônio em Ouro Preto

G1

Três turistas que são suspeitas de quebrar uma cruz do século XIX durante o carnaval de Ouro Preto, na Região Central de Minas Gerais, foram indiciadas por crime contra o patrimônio. O inquérito foi concluído pela Polícia Civil nesta quarta-feira (29). De acordo com a polícia, as três não estão presas porque é um crime de menor potencial, que não apresenta risco para a sociedade.

A peça, talhada em pedra Itacolomi, tem mais de 200 anos e foi quebrada no domingo (19) durante a passagem de um bloco. Duas jovens de 20 anos e uma de 23 subiram na cruz e foram detidas, depois que moradores chamaram a polícia. Elas foram autuadas por dado ao patrimônio histórico, mas pagaram fiança e foram liberadas. Segundo a Polícia Militar, as suspeitas moram em Santos (SP).

O valor da cruz não pode ser mensurado, porque vai além do preço construtivo e envolve aspectos culturais, de acordo com o Iphan. Duas peças se soltaram. A ponte, além de ter tombamento federal desde 1950, fica situada em um conjunto urbano tombado pelo Iphan em 1938.

O reparo foi estimado em R$ 3 mil. "É uma obra relativamente simples, porque não envolve maquinário, nem diversidade de material. A pedra é uma material local e há mão de obra especializada na cidade”, disse Arrelaro. O Iphan informou que vai dar colaboração técnica à prefeitura, que contrata o restaurador.

Segundo o Iphan, o instituto não registrou outros casos de dano ao patrimônio em Ouro Preto durante o carnaval. A Guarda Municipal da cidade e a PM informaram que a peça foi localizada no mesmo dia caída no leito do córrego que passa debaixo da ponte.
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