Os assaltos a bancos voltaram a crescer no país, segundo estatística nacional divulgada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). O crescimento foi de 14,36% em 2011 em relação a 2010.

Segundo a federação, foram 422 ocorrências no ano passado, entre assaltos consumados ou não. Em 2010, haviam sido 369 ocorrências.

Os números foram divulgados nesta quinta (1º) durante reunião com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em São Paulo.

De acordo com a federação, não havia crescimento no número de assaltos registrados desde 2006 no país. Veja na tabela à esquerda. Desde o ano 2000, a tendência é de queda no número de ocorrências.

A Contraf-CUT afirma que a retirada da porta giratória de segurança com detectores de metais de agências bancárias pode ter contribuído para o aumento no número de assaltos.

A confederação informou que entregou uma carta para a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), manifestando "a grande preocupação dos bancários de todo Brasil diante da política adotada por alguns bancos de retirada das portas giratórias".

Para a entidade, "trata-se de um retrocesso perigoso, que é inaceitável". A reivindicação é "a manutenção e a ampliação das portas giratórias para todas as agências e postos de atendimento".

Em nota oficial, a Febraban afirma que “os bancos associados têm como sua maior preocupação a segurança de clientes, funcionários e consumidores”. “Tanto que investem anualmente nos mais variados itens que compõem a segurança, sendo ela física ou tecnológica, quase R$ 10 bilhões.”

A federação diz ainda que, “dentro do que é exigido pela legislação, cada instituição financeira determina os padrões de segurança para suas agências de acordo com sua estratégia de negócio”.

Em 2011, segundo pesquisa nacional da Contraf-CUT e da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), com base em notícias da imprensa, 49 pessoas foram mortas em assaltos envolvendo bancos, uma média de 4 vítimas por mês. Em 2010, houve 23 ocorrências.