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Médicos organizam estudo para buscar à prevenção ao TOC

G1

A família do estudante J.M.G.N., de 21 anos, morador de Itapetininga, no interior de São Paulo, descobriu que ele tinha Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) quando o jovem estava para completar 10 anos. A mãe reparou que menino fazia por diversas vezes o mesmo movimento. “Eu via meu filho fechar e abrir a porta enloquecidamente em um determinado momento. Depois de um tempo descobri que ele tinha um transtorno”, afirma.

O rapaz até hoje se sente incomodado com o transtorno, principalmente pela reação das pessoas. “As 'manias' são natural pra mim, porque estou fazendo isso a anos. Já para as outras pessoas não é, e daí viro centro das atenções”, fala ele.

O TOC é considerado Médicos organizam estudo para buscar à prevenção ao TOCpsiquiatras uma doença mental grave. O transtorno compulsivo está entre as dez maiores causas de incapacitação, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). De acordo com pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o distúrbio normalmente atinge jovens ao final da adolescência. Estudos apontam ainda que a doença está presente em uma entre 40 ou 50 pessoas. Estima-se que, no Brasil, existam aproximadamente quatro milhões de portadores de TOC.

Um estudo inédito no país para a prevenção do Transtorno em crianças e adolescentes está sendo feito no Hospital das Clínicas (HC) em São Paulo. A intenção, segundo os profissionais da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), é prevenir ou retardar o desenvolvimento do problema.

Os pesquisadores querem saber se existem relações do fato de os pais terem TOC ou outros transtornos de ansiedade e se há chances desses filhos desenvolverem distúrbios. Assim, será possível traçar estratégias de prevenção contra o desenvolvimento da patologia.

Pais com TOC, pânico, transtorno de ansiedade generalizada (TAG) e fobia social, podem participar da pesquisa. Mas só serão aceitos pessoas que comprovem por meio de um diagnóstico feito por um psiquiatra e que tenham filhos com idade entre três a 17 anos.

O projeto do HC terá encontros semanais com duração total de seis reuniões, sempre focada na orientação de pais. “A pesquisa poderá significar um avanço importante no diagnóstico e no tratamento precoce das crianças e adolescentes, com impacto direto da diminuição do sofrimento e melhora da qualidade de vida das crianças e suas famílias”, afirma a psicóloga Priscila Chacon, responsável pela pesquisa.

Os interessados devem ligar para (11) 2661-7594, deixar recado com nome, telefone e melhor horário para contato ou enviar email para priscilachacon@usp.br. A inscrição só poderá ser feita pelo telefone ou pelo email.
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