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Situação entre PT e PMDB não é nada boa, avalia Bezerra

De Brasília - Vinícius Tavares

A situação entre o PMDB e o PT não é boa e prejudica a governabilidade. A análise é do presidente regional do PMDB, deputado federal Carlos Bezerra, que atribui a insatisfação peemedebista à forma centralizadora de o PT comandar ministérios e de tentar assumir o papel do PMDB nos municípios a partir das eleições de outubro.

Bezerra endossa a reclamação externada pelo vice-presidente da República, Michel Temer, que reconheceu que o cenário entre os dois principais partidos do governo não é dos melhores.

"A situação não é boa não só com o PMDB, mas com todos os partidos. Se não houver mudança por parte do PT, a tendência é esta insatifação piorar", revela.

O deputado critica a centralização de poder por parte dos petistas e a falta de autonomia dos ministros novos para atender demandas regionais. O parlamentar lembra ainda que o próprio PT faz questão de salientar que o governo é do PT e "não do Palácio do Planalto".

Presidente em exercício da República, Michel Temer recebe às 17h desta terça-feira (6), em seu gabinete na vice-presidência, manifesto de deputados do PMDB reclamando do governo e do PT. O manifesto tem a adesão de Bezerra, que não acredita, contudo, em uma racha definitvo entre os dois partidos.

"Assinei na semana passada uma nota dsa bancada. Tem que haver mudança nesta relação. Acho que dentre 15 a 20 dias a situção estará pacificada, pois temos que ter uma participação mais efetiva no governo", ressalta.

A queixa maior do PMDB, expressa no manifesto, é contra a ameaça do PT, que se prepara, com ampla estrutura governamental, para tirar do PMDB o protagonismo municipalista e assumir seu lugar como maior partido com base municipal. O PMDB tem hoje 1.177 prefeitos e os mais alarmistas temem que esse número seja reduzido à metade.

Para a cúpula do PMDB, o que está na berlinda é a relação do governo com o Congresso e não só com o maior partido aliado. Nesse sentido, a direção partidária vê o manifesto como expressão pública de uma insatisfação geral, que vai além dos limites peemedebistas.
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