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Notícias / Economia

Preço do petróleo no exterior e contração da demanda interna derrubaram lucro da Petrobras

ABr

A queda de 55% no preço médio do barril de petróleo do tipo Brent, que passou de US$ 97 no primeiro trimestre de 2008 para US$ 44 no primeiro trimestre de 2009, e a retração da demanda no mercado interno levaram a uma queda de 20% no lucro líquido da Petrobras em comparação com o primeiro trimestre de 2008 e de 6% em relação ao quarto trimestre do ano passado.

As informações foram dadas pelo diretor Financeiro e de Relações com os Investidores da estatal, Almir Barbassa. Para ele, a queda só não foi maior em razão do aumento de 7% na produção de petróleo nos campos nacionais - quando comparado o primeiro trimestre 2008 com o primeiro trimestre de 2009 –, além da manutenção dos preços dos principais derivados, que não acompanharam, no mercado interno, a retração no exterior.

“A queda no lucro líquido só não foi ainda maior em razão da política de preços praticada pela companhia e também do aumento da produção: nós tivemos um aumento significativo, 7% é uma coisa inédita no mundo hoje. Se você procurar entre outras empresas de petróleo, não encontrará esse crescimento de produção”.

De janeiro a março deste ano, os números divulgados pela Petrobras indicam que o lucro líquido da estatal chegou a R$ 5,816 bilhões, com os investimentos alcançando R$ 14,380 bilhões, um aumento de 41% em relação ao primeiro trimestre de 2008.

Segundo Barbassa, os investimentos tiveram como suporte uma forte geração de caixa, que atingiu no trimestre R$ 13,423 bilhões – resultado 5% menor. Mesmo com a queda no lucro líquido, o valor de mercado da Petrobras subiu nos primeiros três meses do ano 27,3%, tendo atingido R$ 285,151 bilhões.

Barbassa adiantou que somente a queda do preço médio do barril do petróleo causou impacto negativo nas contas da estatal em R$ 4,3 bilhões.

A produção de petróleo e gás natural no Brasil atingiu 2,261 milhões de barris de óleo equivalente (petróleo e gás) por dia no primeiro trimestre deste ano em comparação a igual período de 2008.

A Petrobras atribuiu o resultado à entrada em operação das plataformas P-53 (Marlim Leste), P-51 (Marlim Sul) e FPSO Cidade de Niterói (Marlim Leste), e ao aumento da produção das unidades P-52 e P-54, em Roncador, todos na bacia de Campos, no norte do estado do Rio.

Quando desassociada do gás, a produção de petróleo no país fechou o período o período de janeiro a março em 1,952 milhão de barris por dia. No dia 4 de maio, foi batido o recorde diário de produção de petróleo no país: 2,059 milhões de barris.

Quanto às refinarias da estatal, foram processados, em média, 1,759 milhão de barris por dia (91% da capacidade instalada), tendo sido produzidos 1,771 milhão de barris/dia de derivados.


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