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Primeiro goleiro profissional do Flamengo, Fernandinho conta suas memórias do Fla-Flu: ‘Nunca perdi’

Extra


Se o ano de 1931 tivesse ocorrido ontem, não faria a menor diferença para Fernando Botelho. Apesar dos 81 anos que o separam de sua estreia no time principal do Flamengo, o ex-goleiro lembra com detalhes de um dos momentos mais importantes de sua vida, ocorrido justamente em um dos mais de 300 Fla-Flus disputados nestes quase 100 anos de existência do clássico.

— Eu tinha 18 anos. Às 13h30m começava o jogo do segundo "team" (preliminar) no campo da Rua Paysandu (no Flamengo). Quando eu cheguei, o roupeiro me falou que o técnico havia lhe dado ordens para não me entregar o uniforme porque eu não iria jogar. Trinta minutos depois, o técnico me procurou e disse que eu iria jogar pelo primeiro "team" (equipe principal). Foi o mundo para mim.

A estreia não poderia ter sido melhor. Vitória de 1 a 0. A primeira de uma série de triunfos sobre o Tricolor ("Nunca perdi para o Fluminense"). Aos 99 anos, Fernandinho, como ficou conhecido nos tempos de Flamengo, é uma das maiores memórias vivas do centenário clássico. Curiosamente, elegeu como o mais marcante um que terminou em 0 a 0. Explica-se: não foi qualquer Fla-Flu, mas o da decisão do Estadual de 1963, recorde de público da história do Maracanã com 200 mil torcedores.

— Foi um jogo eletrizante. O Maracanã estava lotado. O Fluminense pressionou o tempo todo, mas o goleiro Marciel defendeu todas e o Flamengo foi campeão — recordou.




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