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Blairo Maggi descarta Transportes em definitivo

Da Redação - Julia Munhoz/De Brasília - Vinícius Tavares

Pressionado por vários segmentos políticos e empresariais de Mato Grosso e do Partido da República, o senador Blairo Maggi (PR) voltou a descartar nesta terça-feira (13) a possibilidade de assumir o Ministério dos Transportes.

Questionado sobre a reunião que teria na próxima quinta-feira (15) – e que foi adiada por conta da crise entre PT e PMDB –  com a presidente Dilma Roussef (PT), para tratar do nome do partido que assumirá o Ministério, o parlamentar reafirmou que não há nenhuma possibilidade dele atender ao chamado do Palácio do Planalto.

“O meu nome está descartado. O PR trabalha para colocar um nome do partido desde a saída do ministro Alfredo Nascimento. Não existe nenhuma possibilidade de eu assumir o cargo”, reiterou o senador, durante entrevista coletiva concedida no Senado Federal após a sessão do Congresso Nacional em que a presidente Dilma Rousseff entregou o Diploma Mulher Cidadã Bertha Lutz a algumas personalidades.

Outro elemento que pesa na decisão de Maggi de recusar ser ministro dos Transportes é ofato de que a presidente Dilma estaria descontente com a posição do PR na votação para recondução de Bernardo Figueiredo ao cargo de diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), em que o governo sofreu a primeira derrota no Senado, neste ano.

Segundo fontes ouvidas pela reportagem, a presidente teria recuado da vontade de ceder um ministério aos republicanos. Maggi lembra, porém, que apenas o senador votou contra o governo no episódio que resultou na saída de Romero Jucá (PMDB-RR) do posto de líder do governo no Senado.

O republicano evitou prolongar o assunto e aproveitou para saudar a escolha do senador Eduardo Braga (PMDB-AM) para substituir Jucá.

“O PR saúda o senador Eduardo Braga. Sou amigo pessoal de ambos e considero uma boa indicação”, asseverou Maggi.

Romero Jucá, que foi por 18 anos líder do governo durante os mandatos de Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Roussef, assumirá a relatoria do orçamento da União a ser discutida a partir do segundo semestre deste ano.

Cautela

Blairo tem mantido certa cautela em torno do convite para assumir o Ministério dos Transportes. Segundo fontes ligadas ao PR, o senador tem usado como pretexto para recusar o convite o fato de a empresa AMaggi manter negócios com o Fundo de Marinha Mercante, entidade que recolhe tributos do transporte de cargas para a construção e renovação da frota mercante nacional.

Atualizada às 12h43
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