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Ideli diz esperar relação 'harmônica' após troca de líderes no Congresso

G1

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, afirmou nesta quarta-feira (14) esperar que o processo de troca de lideranças do governo na Câmara e no Senado seja "harmônica".

"[Espero] que essa transição continue sendo harmônica como tem sido até agora a relação do governo com a sua base", disse Ideli, após participar da primeira reunião do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) como líder do governo na Câmara. Ele substituiu Cândido Vaccarezza (PT-SP), que foi destituído da função nesta terça pela presidente Dilma Rousseff. No Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM) assumiu a liderança no lugar de Romero Jucá (PMDB-RR).

Da mesma forma que Chinaglia, Ideli minimizou a crise do governo com a base aliada. "Eu não estou vendo crise, sinceramente. A tensão é normal", disse o novo líder mais cedo. "Eu não trabalho com a hipótese da base rebelada. [...] Eventualmente, eu estarei insatisfeito. Isso faz parte. Então, eu tenho de trabalhar os grandes temas e digo, compondo os partidos da base. Até onde o próprio líder Vaccarezza me informou, o líder do PT, o líder do PMDB, as coisas estão bem arrumadas", declarou.

Na semana passada, Dilma sofreu uma derrota no Senado com a rejeição da recondução de Bernardo Figueiredo para a diretoria-geral da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). Na Câmara, mais de 50% dos deputados do PMDB assinaram manifesto no qual se dizem excluídos das decisões políticas do governo.

"Nós vamos continuar trabalhando como trabalhamos no ano passado, com muitas matérias difíceis aprovadas. A base nunca nos falhou. Então, vamos continuar trabalhando com muita harmonia", afirmou a ministra.

Ela afirmou ainda que veio à Câmara para "reforçar o reconhecimento, que a presidente Dilma já externou inúmeras vezes, da parceria, solidariedade e do compromisso que o Congresso tem na aprovação de inúmeras matérias relevantes para o país".

A ministra também afirmou que agradeceu Vaccarezza pela atuação como líder do governo durante o primeiro ano de mandato de Dilma e na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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