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Relator diz que texto da Lei Geral mantém liberação de bebida na Copa

G1

O relator da Lei Geral da Copa, deputado Vicente Cândido (PT-SP), afirmou nesta quinta-feira (15) que será mantido o texto aprovado no mês passado na comissão especial da Câmara, que prevê a liberação de bebidas alcoólicas nos jogos do mundial de futebol. A votação da proposta no plenário da Casa está prevista para ocorrer na próxima semana.

“Voltamos tudo ao que era antes. Fica mantido o texto aprovado na Comissão Especial”, afirmou ao G1. O deputado se reuniu na noite desta quarta (14) com o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), os ministros do Esporte, Aldo Rebelo, e da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.

No texto que será votado conforme o acordo com o governo, informou o relator, será mantido o artigo que prevê a liberação expressa do álcool nos jogos do Mundial. O texto diz que "a venda e o consumo de bebidas, em especial as alcoólicas, nos locais de oficiais de competição, são admitidos desde que o produto esteja acondicionado em copos de plástico, vedado o uso de qualquer outro tipo de embalagem".

Segundo ele, o Planalto “se equivocou” ao dizer na quarta que o Brasil não assumiu compromisso com a Federação Internacional de Futebol (Fifa) de garantir a comercialização de álcool na Copa do Mundo.

Após reunião de líderes na tarde de quarta, com a participação de assessores da Casa Civil e da ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, deputados governistas disseram que não havia esse compromisso por parte do governo quando se candidatou a sediar o torneio.

Eles usaram o argumento para retirar o assunto do projeto e criar consenso para a votação da Lei da Copa, adiada para a semana que vem. As bebidas são o principal foco de divergência entre os deputados.

Ao perceber o “equívoco”, o Planalto convocou uma reunião que resultou na divulgação pelo ministro do Esporte de uma nota no qual desmente a versão dos deputados e diz que manterá as negociações para manter a venda de bebidas na versão final da Lei da Copa.

“Acho que o Palácio, menos o ministro Aldo, se equivocou com relação ao acordo. Houve um erro da assessoria jurídica do Palácio que levou as ministras [Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, e Ideli Salvati, da Secretaria de Relações Institucionais] a erro”, explicou Vicente Cândido.

De acordo com o deputado, o compromisso 8 do Brasil com a Fifa diz que o governo brasileiro se compromete a "assegurar que não exista nenhuma restrição legal ou proibição à venda, propaganda e distribuição dos produtos dos Parceiros Comerciais [da Fifa], incluindo comidas e bebidas, nos estádios ou locais de eventos durante as competições".

Para o relator, apesar da oposição de parte dos deputados à liberação de bebidas, o governo deve conseguir maioria para aprovar o texto votado na comissão especial. “Vota na semana que vem e vota o texto aprovado na comissão especial. Agora é só reposicionar a base e tomar mais café. Acho que o Congresso sempre se posicionou muito firme quando se trata de acordo internacional, então estou convencido de que fará vale a norma.”
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