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Notícias / Meio Ambiente

Rio+20: Brasil defenderá criação de novo conselho na ONU

Terra

O Brasil aproveitará a Rio+20, a Conferência sobre Desenvolvimento Sustentável que ocorrerá em junho no Rio de Janeiro, para pedir a criação de um Conselho de Desenvolvimento Sustentável na Organização das Nações Unidas (ONU). A ideia é levantar a necessidade de se ter esse novo órgão, em vez de fortalecer a Agência das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), como quer a União Europeia.

"Há uma insatisfação geral com os organismos da ONU e a proposta brasileira é uma resposta mais ampla do que fazer reformas pontuais. Aproveita-se o momento, de nível grande de insatisfação em relação a esses organismos, para propor uma coisa nova", disse o presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu, que apresentou a iniciativa de criação do conselho durante o 6º Fórum Mundial da Água, em Marselha (França). "A proposta será levada à Rio+20 e a posição do Brasil é a da criação do conselho".

O assunto será discutido com a proposta defendida pela União Europeia, de fortalecer o Pnuma, órgão que já existe e reúne as principais demandas, discussões e ações do setor. A ideia brasileira é a transformação da agência em uma organização mundial do meio ambiente, que estaria no mesmo nível, por exemplo, de organismos como a Organização Mundial do Comércio (OMC), que trata das regras comércio internacional, ou a Organização Mundial da Saúde (OMS), autoridade que dirige e coordena a ação na área de saúde das Nações Unidas.

Segundo Vicente Andreu, o Fórum Mundial da Água é uma forma de trocar experiências com outros países. Por não ser um evento de governo, mas um fórum da sociedade, onde o governo participa com empresas e demais interessados no assunto, os painéis envolvem a discussão de problemas como infraestrutura para o acesso à água e questões climáticas. "É o acesso a experiências bem sucedidas de diversas partes do mundo", comentou.

O fórum ocorre a cada três anos, com organização do Conselho Mundial da Água (WWC), entidade internacional não governamental. A edição deste ano é coordenada pelo governo da França, pela prefeitura de Marselha e pelo WWC, formado por cerca de 400 integrantes de 70 países. Nas discussões, haverá ainda espaço para o Banco Mundial e o Banco Central Europeu falarem sobre o financiamento de projetos relativos ao assunto.
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