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Notícias / Meio Ambiente

Prado quer votação do Código para evitar embargo

De Brasília - Vinícius Tavares

A possibilidade de o governo adiar a votação do Código Florestal para depois da Conferência Rio+20, qur acontece em junho no Rio de Janeiro, é duramente criticada pelo presidente da Federação da Agricultura de Mato Grosso (Famato), Rui Prado. Segundo ele, seria uma afronta à soberania nacional colocar diante de ongs ambientalistas o debate sobre a legislação ambiental brasileira.

"O setor produtivo não pode aceitar que o Brasil se submeta às pressões internacionais. Não podemos aceitar que estas organizações internacionais se intrometam nos rumos do nosso desenvolvimento. Está na hora de votar o Código depois de tudo que foi debatido e aprovado", afirmou.

Prado defende a idéia de que o Brasuil deve chegar à Rio+20 com um projeto aprovado para mostrar ao mundo que o Brasil tem responsabilidade com a preservação da biodiversidade mas também com a garantia da produção de alimentos.

"O planeta terá 9 bilhões de pessoas em 2050 e estas pessoas vão precisar de comida. O BVrasil é um grande fornecedor de alimentos. Portanto, é importante que o Brasil mostra para o mundo que tem um Código Florestal equilibrado que permita que o Brasil garanta o fornecimento de alimento mas também saiba preservar", pondera.

O deputado federal Valdir Colatto (PMDB-SC), um dos líderes da bancada ruralista no Congresso, acredita que o adiamento da votação pode acabar possibilitando o surgimento de um embargo internacional contra o novo Código Florestal.

"Nada impede que as organizações internacionais façam uma moção de repúdio com assinaturas de presidentes de vários países contra a proposta do Codigo que estamos debatendo democraticamente no Brasil", alerta.

De acordo com o parlamentar, a bancada trabalha com a possiblidade de votar a proposta já na próxima semana.

"Estamos trabalhando intensamente com o relator para que ele chegue a um consenso com o governo e os demais segmentos interessados no assunto. O produtor brasileiro não pode esperar", destaca.
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