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Após racha, Blairo Maggi não descarta volta do PR à base aliada

De Brasília - Vinícius Tavares

Depois de anunciar que o Partido da República (PR) não fazia mais parte da base de apoio à presidente Dilma Rousseff no Senado Federal e de receber o afago de líderes da oposição como o senador paraense Flexa Ribeiro (PSDB), o senador Blairo Maggi já admite retomar o diálogo com o governo federal para retornar à base.

Um dia após a tensa quarta-feira em que o parlamentar esteve reunido com a ministra Ideli Salvati, de Relações Institucionais, e anunciou a guinada à oposição, Maggi declarou a imprensa que é necessário um tempo para analisar a situação do partido frente ao governo.

Maggi afirma, em tom descontraído, que o partido chegou ao "limite", em razão da espera por nove meses pela definição do governo sobre pleitos do PR e não descarta nova negociação com o governo.

O ponto nevrálgico foi a falta de definição por parte do Palácio do Planalto em ceder às pressões do PR para anunciar o nome indicado do partido para assumir o Ministério dos Transportes.

O governo só aceitava o nome de Maggi como ministro em lugar de Alfredo Nascimento. Mas ele próprio negou diversas vezes que assumiria o cargo. Oficialmente, ele alega que sua empresa (AMaggi) possui negócios com o governo federal, o que o impede de assumir a responsabilidade. O partido não aceita o atual ministro Paulo Sérgio Passos como nome republicano.

Nos bastidores da política em Brasília comenta-se que Maggi não quis assumir o Ministério dos Transportes para não sofrer desgaste por possuir o chamado "telhado de vidro".

Segundo fontes ouvidas pelo Olhar Direto, por temer que o escândalo dos maquinários, em que seu nome foi aventado como responsável, ele estaria evitando assumir o Ministério para não comprometer os planos de uma possível candidatura ao governo do Estado em 2014.
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