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Instituto aponta erro em estudo que achou partícula mais rápida que luz

G1

Os neutrinos medidos pelo experimento Ópera, que sacudiu o mundo científico em setembro de 2011, não são mais rápidos que a luz, segundo os cálculos realizados por uma equipe independente.

O anúncio foi feito nesta sexta (16) pelo Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern, na sigla em francês), instituto onde são feitos os experimentos dessa área. "Começamos a presumir que os resultados do Ópera se deveram a um erro de medida", afirma o comunicado.

No final de setembro, os especialistas da equipe Ópera anunciaram que neutrinos percorreram os 730 km entre o Cern, em Genebra, e o laboratório subterrâneo de Gran Sasso, na Itália, em velocidade superior à da luz.

Segundo a teoria de Einstein, na qual os cientistas hoje se baseiam, nada que tenha massa pode ser mais veloz que a luz. Se estivesse correta, portanto, a pesquisa mudaria os parâmetros da física. Até por isso, os resultados foram recebidos com ceticismo na comunidade científica.

A pesquisa publicada nesta sexta não é a primeira a questionar os resultados obtidos em setembro. Em 22 de fevereiro, o site da revista "Science" já havia afirmado que os resultados da experiência Ópera foram provocados por uma má conexão.

"Uma má conexão entre um GPS e um computador é, sem dúvida, a origem do erro", garantiu a revista americana, que citava "fontes ligadas à experiência".

Segundo a "Science", os 60 nanosegundos de vantagem registrados pelos neutrinos sobre a velocidade da luz foram resultado de uma má conexão entre o GPS utilizado para corrigir o momento da chegada e um computador.

Novos estudos serão necessários para confirmar a origem do erro, destacou então a revista.
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