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Notícias / Brasil

Polícia recupera obras de Tarsila e Portinari roubadas no domingo

Agência Folha

A polícia recuperou no início da madrugada desta quarta-feira as quatro obras de Cândido Portinari, Tarsila do Amaral e Orlando Teruz roubadas de uma casa nos Jardins (zona oeste de São Paulo), no domingo. Juntas, elas estão avaliadas em R$ 3 milhões. A autenticidade dos quadros encontrados ainda não foi verificada.

Os quadros foram abandonados próximos à sede da TV Record, na zona oeste de São Paulo, que recebeu uma ligação anônima por volta das 23h30 de terça avisando que as obras estavam encostadas em uma parede ao lado da linha de trem que corta a rua da Várzea, na Barra Funda, em frente a uma das portarias da emissora. Seguranças da TV foram ao local e encontraram os quadros embrulhados em papel pardo.

Em seguida, os seguranças avisaram a polícia, que foi à sede da emissora buscar as obras. Policiais do GOE (Grupo de Operações Especiais da Polícia Civil) levaram os quadros para a 1ª Delegacia Seccional da Polícia Civil, no centro de São Paulo.

Segundo o supervisor do GOE Mário Palumbo Júnior, as quatro obras serão avaliadas para se verificar se são mesmo as obras roubadas no domingo. Palumbo Júnior informou ainda que, aparentemente, os quadros não sofreram danos.

Os seguranças que encontraram as obras prestam depoimento na delegacia seccional.

Roubo

As telas levadas no domingo foram "Figura em Azul" (1923), de Tarsila, "Cangaceiro" (1956) e "Retrato de Maria" (1934), de Portinari, e "Crucificação de Jesus", de Teruz.

Com um vaso de flores para simular a entrega de um presente no Dia das Mães, cerca de 15 homens invadiram a casa, que fica na rua Estados Unidos, nos Jardins (zona oeste de SP), e roubaram as telas. Para retirar as obras da moldura, os ladrões usaram uma espécie de faca --o que pode ter danificado as obras.

O grupo armado trancou duas moradoras e quatro funcionários em um dos cômodos, além dos quadros, levou uma quantia não especificada em dinheiro e joias. A ação teria durado uma hora e meia e a polícia informou que a quadrilha pode ter 20 ladrões.

Inicialmente, a polícia afirmou que os ladrões eram "amadores" e que provavelmente não tinham as obras como alvo do roubo. Posteriormente, os policiais mudaram a linha de investigação e afirmaram que os quadros eram o alvo principal da quadrilha.
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