Com a capital à beira de um surto de dengue, o Sindicato dos Médicos (Sindmed) estuda medidas mais drásticas no atendimento aos pacientes. De acordo com o diretor do sindicato, Werley Peres, as policlínicas não estão dando conta de atender a demanda de enfermos. “Os plantões deveriam ter quatro médicos, mas quando têm [médicos], tem um”, diz.

Em relação ao mesmo período do ano passado, o número de casos de dengue em Mato Grosso dobrou, mas em Cuiabá triplicou, conta Peres. De acordo com ele, se o ritmo se mantiver, o Sindmed apresentará uma proposta que incluirá hospitais de campanha e o auxílio do Exército.

“A dengue não tem um tratamento. A gente controla os sintomas, hidrata o paciente e faz o acompanhamento”, explica o médico. De acordo com ele, uma saída para aliviar as policlínicas seria criar postos de hidratação em locais estratégicos.

“O gestor até tem a intenção de contratar mais médicos, mas é difícil achar profissionais que queiram trabalhar nessas condições”, afirma.

Segundo Werley Peres, em um plantão de 12 horas, os médicos têm de atender até mais de 100 pacientes nas policlínicas de Cuiabá.