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Delegado: ciclista estava na via quando foi atingido por Thor

Terra

O delegado Mário Roberto Arruda, responsável pelo inquérito da morte de Wanderson Pereira dos Santos, atropelado na noite de sábado pelo filho do empresário Eike Batista, afirmou nesta quarta-feira que descarta a possibilidade do atropelamento ter ocorrido no acostamento do km 101 da rodovia Washington Luís, em Duque de Caxias (RJ).

Arruda trabalha com a hipótese de que Santos foi atropelado ao cruzar a via. Com isso, a única possibilidade de Thor ser indiciado por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) é se os laudos técnicos apontarem excesso de velocidade.

O delegado solicitará novo laudo técnico - perícia de cálculo - para detectar a velocidade real do carro. Dentro de 15 ou 20 dias Arruda deve receber os laudos finais e finalizar o inquérito, a ser encaminhado para a Justiça.

Caso seja comprovada velocidade inadequada, ocorre o que a polícia chama de culpa concorrente, quando ambos têm responsabilidade - Wanderson estaria errado ao atravessar a via naquele ponto. "Aqui é um local que tem muita travessia de gente de bicicleta", afirmou o delegado.

O chefe de investigação Humberto Souza revelou que um estudante de Medicina, que não teve a identidade revelada, prestou depoimento e disse ter passado pelo corpo de Wanderson após o atropelamento. Segundo seu relato, o carro de Thor estava a cerca de 100 m de distância.

"Você viu que matou um homem alia atrás?", disse o estudante de Medicina a Thor ao passar por ele. Como resposta, de acordo com a testemunha, Thor disse: "Ele atravessou na minha frente".

Ao deixar a sede da 61ª Delegacia de Polícia, em Xerém, Duque de Caxias (RJ), o filho do empresário bilionário Eike Batista se disse convicto de sua inocência e garantiu amparo a família de Wanderson. "Lamento profundamente a perda do Wanderson, entendo a dor da família, e, mesmo convicto da minha inocência, vou prestar todo o apoio que eles necessitarem."
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