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Toyota não vai oferecer veículos ultrabaratos, diz presidente

Auto Esporte

A Toyota Motor não tem intenção de oferecer modelos ultrabaratos para impulsionar vendas em mercados emergentes e vai manter o foco em clientes que esperam certo nível de confiabilidade, afirmou o presidente da companhia, Akio Toyoda, nesta quinta-feira (22).

O comentário de Toyoda foi feito dias após a concorrente Nissan Motor ter anunciado a retomada da marca Datsun para atender a consumidores de menor poder aquisitivo de mercados emergentes. Uma revista alemã publicou que a Volkswagen está planejando movimento semelhante.

"Para crescer de forma sustentável, precisamos ter certo nível de lucro nos carros, não importa o quão grandes ou pequenos sejam. A Toyota tem capacidade de fazer carros por 500 mil ienes (US$ 6 mil) como a Tata Motors? Eu não acredito", disse Toyoda. Ele se referiu à montadora indiana famosa por desenvolver o carro mais barato do mundo, o Nano, cujas vendas ficaram abaixo das metas.

"Quando nos questionamos sobre o que os consumidores dão valor em nossos carros, (a resposta) é confiabilidade", disse o executivo, acrescentando ser evidente a popularidade de carros usados da Toyota em muitos países asiáticos.

"Não vamos sacrificar qualidade simplesmente para atender a certa faixa de preço", declarou.

Compacto para emergentes
Embora a montadora japonesa se recuse a desenvolver modelos ultrabaratos, ela precisou se render aos carros compactos a preços mais acessíveis, especialmente para crescer a participação em mercados emergentes como os do Sudeste Asiático, Brasil e Índia. Assim, nasceu o modelo Etios.

A grande novidade da Toyota para o mercado brasilerio neste ano será o lançamento desse carro, esperado, inclusive, pelos concorrentes. O modelo será fabricado do Brasil e chega no segundo semestre nas versões hatch e sedã para competir com Volkswagen Gol e Fiat Palio.
"Teremos preços competitivos", afirma o diretor comercial da Toyota do Brasil, Frank Peter Gundlach.

O executivo ainda não pode divulgar qual será o nome do modelo por aqui, mas adianta que o carro terá motor flex e será diferente do carro que é vendido no mercado indiano. A fábrica vai começar com a capacidade de produção de 70 mil unidades por ano. "Teremos preços bem competitivos."
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