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PT gaúcho vai a Brasília para convencer PDT a assinar CPI contra Yeda

Folha Online

O PT gaúcho desembarcou nesta quarta-feira em Brasília para conversar com os caciques do PDT e convencê-los a persuadir seus correligionários na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul a assinar a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o suposto caixa dois da campanha eleitoral da governadora Yeda Crusius (PSDB) em 2006. Até agora, o PT só conseguiu dez das 19 assinaturas necessárias para emplacar a CPI.

A Folha Online apurou que o PT trabalha com um prazo de até duas semanas para abrir a CPI. Para isso, ele corre contra o tempo em busca das nove assinaturas restantes. O alvo principal: os cinco dos seis deputados do PDT.

De acordo com interlocutores, dois parlamentares do PSB já garantiram assinatura, elevando para 12 o número de adesões. Dois dos três deputados do DEM --que pertence à base de apoio à governadora-- também admitem em reservado que podem aderir à CPI.

O PT também já teria quase certo a assinatura de um dos quatro deputados do PTB, que adere à CPI se ela depender de apenas uma assinatura.

Faltariam quatro parlamentares. É aí que entra o PDT, que já foi da base de sustentação de Yeda, mas hoje engrossa a oposição. A legenda tem seis parlamentares, mas apenas Giovani Cherini descarta a possibilidade de assinar a Comissão.

Os outros parlamentares da sigla estariam em cima do muro porque a CPI pode interferir diretamente nas negociações para as eleições de 2010.

O PDT negocia em duas frentes. De um lado, pode apoiar o candidato a governador do PT. Do outro, a opção é o PMDB, que se recusou a assinar a CPI contra Yeda.

Se o PDT ficar com o PMDB, corre o risco de ganhar de presente a Prefeitura de Porto Alegre. É que o atual prefeito, José Fogaça, é cogitado como um dos candidatos do PMDB ao governo estadual. Nesse caso, quem assumiria por dois anos a prefeitura é o vice, o pedetista José Fortunati.

Por outro lado, o PT gaúcho enviou a Brasília seu líder de bancada na Assembléia, Elvino Bohn Gass, para tentar convencer os caciques do PDT em Brasília a persuadir seus pares no Rio Grande do Sul a ratificar a CPI. Além disso, os petistas esperam que o PDT tome uma decisão de acordo com sua história esquerdista.
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