A presidente em exercício da Câmara dos Deputados, Rose de Freitas (PMDB-ES), afirmou nesta segunda-feira (26) que é preciso “desvincular” a votação da Lei Geral da Copa das discussões sobre o projeto que altera o Código Florestal.

A oposição e a maioria da base aliada se recusam a votar o projeto que estabelece as regras para o mundial de futebol até que seja definida uma data para a análise da nova legislação ambiental.

“É preciso conversar para ver se você não usa a Lei Geral da Copa como instrumento de pressão para votar o Código Florestal. Tem que desvincular. É possível. Vou conversar com aqueles que estão dentro do debate”, disse.

Rose de Freitas vai comandar a Câmara dos Deputados no lugar de Marco Maia até a próxima quarta-feira (28). Maia assumiu interinamente a Presidência da República porque Dilma Rousseff passará a semana na Índia, onde participa da cúpula dos Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Já o vice-presidente Michel Temer está na Coreia do Sul, de onde retorna na quarta.

Por causa da ausência de Maia, a votação da Lei Geral da Copa deve ficar para depois da Páscoa, na segunda semana de abril. Era ele quem estava comandando as negociações sobre o assunto junto aos líderes partidários. Na última sexta (23), o líder do PT, Jilmar Tatto (SP), admitiu que a votação da proposta seria adiada.

"Não tem possibilidade de votar na semana que vem. Vai ficar para depois da Páscoa. A presidenta não estará aqui, o Temer não está aqui, e o Marco Maia vai assumir a Presidência da República, então só vamos votar projetos que possuem acordo", afirmou Tatto.

De acordo com Rose de Freitas, a pauta de votações será decidida em reunião de líderes nesta terça (27). A tendência é de que só sejam analisadas propostas que encontrem consenso entre a base aliada e a oposição. A deputada defendeu, contudo, a rápida aprovação da Lei Geral da Copa, para que o Brasil dê “sinais” de que está preparado para sediar o campeonato de futebol.