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Líder do PT cobra rapidez do PGR sobre denúncias contra Demóstenes

G1

O líder do PT no Senado, Walter Pinheiro (PT-BA), afirmou nesta terça-feira (23) que encaminhará ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, uma representação pedindo informações sobre a apuração das denúncias contra o líder do DEM no Senado, Demóstenes Torres (GO), acusado de ter pedido dinheiro emprestado ao empresário Carlinhos Cachoeira, preso pela Polícia Federal no fim de fevereiro por envolvimento com jogo ilegal.

Segundo Walter Pinheiro, se o procurador não responder nas próximas 48 horas a petição, os partidos analisam entrar com representação contra Gurgel no Conselho Nacional do Minsitério Público.

"Na realidade nós estamos dando entrada de novo na PGR, assinada pelo PT, PSB e PDT, fazendo agora uma cobrança ao procurador para que ele possa cumprir as suas obrigações e dar sequência a um processo de apuração. [...] Nós vamos fazer isso e, se possível, cobrar do procurador nas próximas 48 horas uma resposta a essa nossa petição. Isso não acontecendo nós vamos discutir com os partidos a possibilidade de representar contra o procurador no Conselho Nacional do MP", disse Pinheiro.

Reportagem do jornal "O Globo" publicada nesta sexta (23) afirma que gravações telefônicas em poder da PF mostram que o senador pediu R$ 3 mil emprestados e vazou informações de reuniões oficiais para Carlinhos Cachoeira.

O petista lembrou que o envolvimento de parlamentares com pessoas ligadas ao jogo ilegal já está sob apuração da Procuradoria Geral da República (PGR) desde 2009.

"Desde 2009 ele tem essa informações (o procurador) e essas informações não foram processadas para aguardar o desfecho da operação Monte Carlo. O que nos consta hoje é que o procurador tem uma farta documentação, tem uma operação já encerrada. [...] São informações gravíssimas e cabe ao procurador geral agora dar sequência, buscar autorização do STF para que esses procedimentos de investigação se instalem de uma vez por todas".

Conselho de Ética
Walter Pinheiro disse ainda que é preciso aguardar um posicionamento do Judiciário antes de falar sobre um possível processo no Conselho de Ética.

"O Conselho de Ética tem a ver com a questão de decoro, o que nós estamos pedindo aqui é o julgamento em uma questão do crime. À Justiça cabe julgar o crime, ao Parlamento cabe julgar a quebra de decoro, portanto só podemos fazer o passo seguinte se a gente tiver o julgamento dessas andanças, dessas movimentações, até pra gente caracterizar a quebra de decoro".

O líder do governo, Eduardo Braga (PMDB-AM), afirmou que é preciso esperar um posicionamento do Ministério Público.

"Neste momento, sem as informações ainda não, é preciso que o MP possa apresentar as informações que foram apresentadas para que o Conselho de Ética possa se manifestar".

Empresário
Cachoeira foi preso pela PF no fim de fevereiro em uma ação contra o jogo ilegal e está em uma prisão federal em Mossoró (RN). Nesta segunda, a Justiça Federal negou pedido de liberdade da prisão preventiva.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, citou que outros parlamentares de Goiás são mencionados nas investigações da PF. Ele analisa pedido de esclarecimento sobre as denúncias contra Demóstenes.
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