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Número de civis mortos em confrontos na Somália sobe a 139

Reuters

Rebeldes islâmicos trocaram tiros com homens do governo da Somália e seus aliados nesta quinta-feira (14), no sétimo dia de conflitos que já deixaram 139 mortos na capital Mogadício.

O conflito na Somália, que dura quase duas décadas, já matou dezenas de milhares, desalojou outros milhões, desafiou 15 tentativas de se estabelecer um governo central e criou a pior crise de ajuda humanitária do mundo.

"Vinte e seis civis morreram e 98 ficaram feridos na quarta e quinta-feira", disse Yasin Ali Gedi, presidente do grupo Elman Peace and Human Rights, baseado em Mogadício.

"Milhares também foram desalojados neste período, devido ao conflito ter se espalhado por novos distritos", disse.

Os militantes do al Shabaab e forças leais ao presidente, xeque Sharif Ahmed, continuaram a se enfrentar em Mogadício, em confrontos que afetam o país desde a queda do ditador Mohamed Siad Barre, em 1991.

Moradores acusaram os soldados da força de paz da União Africana (Amisom) de bombardear redutos dos insurgentes. Como em conflitos de guerrilha, rebeldes atacam e se escondem entre civis.

"Eu os vi transportando 10 corpos de mortos e dezenas de feridos em mini-ônibus", disse o morador local Abdi Hussein.

"Eles eram todos da oposição, pois usavam máscaras. Soldados do governo também morreram, mas pude contar somente três. Estou certo que há mais. Estamos fugindo do bombardeio da Amisom", afirmou.

O porta-voz da União Africana, Barigye Ba-Hoku, disse: "Não estamos envolvidos nem em confrontos nem em bombardeios... A oposição nos acusa de bombardeios como uma desculpa para atacar nossas bases".
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