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Saiba como prevenir afogamentos no mar por ondas, valas ou correnteza

Bem Estar

O verão já acabou, mas o calor continua. E muita gente vai aproveitar o feriado de Páscoa para ir à praia ou se banhar na piscina ou no rio.

Quem conhece o mar sabe que ele não é estático: está sempre em movimento, pelas ondas, correntezas e a areia. Para evitar obstáculos submersos, bancos de areia e valas, é preciso ficar atento, principalmente com as crianças pequenas.

Segundo a médica Ana Escobar e o chefe de resgate marítimo do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, coronel Mário da Cruz, as ondas costumam vir numa sequência de 5 a 7 por vez. Se você tentar nadar contra elas, pode se afogar, mas se souber nadar lateralmente ou diagonalmente à corrente marítima, com 10 a 15 braçadas já consegue escapar.

A chuva representa outro perigo para os banhistas. Além do perigo dos raios, ela pode fazer com que a maré suba ou fique mais violenta, aumentando muito a chance de afogamento ou acidente. Em caso de chuva, saia do mar imediatamente. Não importa se é garoa, chuva moderada ou temporal – todas elas aumentam o risco de raios, pois a água atrai descargas elétricas.

Para não afundar, os especialistas recomendam encher o pulmão de ar e respirar mais devagar, não de forma ofegante. Se uma garrafa estiver aberta e vazia, por exemplo, entrará água e ela vai afundar. Mas, se estiver cheia de ar e fechada, boiará. A mesma coisa acontece com os nossos pulmões.

Quem for socorrer uma vítima de afogamento, deve retirar a pessoa pelas axilas, pois, caso a segure pelo abdômen, pode apertar o estômago, provocar vômito e até asfixia.

Além disso, é importante lembrar o número de telefone de emergência: 192 (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, o Samu) ou 193 (Bombeiros). Se a vítima ainda estiver na água, prefira os Bombeiros e avise na ligação que se trata de um resgate.

Se o indivíduo afogado for removido da água, tire a roupa molhada dele, seque-o e aqueça-o com o que tiver à disposição. Isso serve para evitar uma hipotermia, quando a temperatura corporal baixa muito. O risco disso existe, pois, na água, perdemos muito calor e energia para manter o termômetro do organismo estável.

Outras dicas fundamentais são: vire a vítima de lado, paralela ao mar, para evitar engasgos com água ou vômito, e espere o socorro chegar ou leve a pessoa até o hospital mais próximo. Mesmo que o indivíduo esteja consciente, é imprescindível que um técnico, bombeiro, enfermeiro ou médico avalie o estado dele e verifique se entrou água no pulmão.

Ana Escobar e o coronel Mário da Cruz também diferenciaram as situações em que o resgate deve ser feito por um salva-vidas, bote ou helicóptero.

As placas de perigo nas praias são atualizadas constantemente, de acordo com os riscos. Cada cidade do Brasil tem uma sinalização diferente, mas que geralmente segue o mesmo padrão.

Principais placas
"Perigo", "Perigo correnteza" ou "Perigo/guarda-vidas": essas placas são colocadas exatamente na direção das valas, em locais onde existem pedras à vista ou há a possibilidade de correnteza. Não se deve entrar no mar nesse lugar.

"Pedras submersas": não se deve mergulhar nesses locais, porque você pode bater a cabeça, sofrer uma fratura ou até um traumatismo. Se quiser entrar no mar, não há problema, mas fique no raso e não tente mergulhar.

"Banco de areia": da mesma forma que a placa de pedras submersas, é utilizada em pontos onde há perigo para quem quer mergulhar. Quando encontra um banco de areia, muita gente sai correndo, mergulha e acaba batendo a cabeça no fundo. Para prevenir acidentes, entre no mar, mas não mergulhe.

Bandeiras: a vermelha significa perigo e alto risco de afogamento. Não se deve nadar nessa parte da praia. A amarela simboliza cuidado. Se você for entrar no mar, procure não ir muito longe, pois há riscos de a maré subir e de haver correnteza. Já a bandeira verde quer dizer que o banho de mar e o mergulho estão liberados.

Dicas para não correr risco de afogamento
1 – Fique longe da água após ingerir bebida alcoólica
2 – Respeite seus limites
3 – Obedeça à sinalização

Dicas para se salvar
1 – Mantenha a calma e não grite, apenas acene para pedir ajuda
2 – Não nade contra a correnteza
3 – Encha o pulmão de ar, para que ele funcione como uma boia
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