Imprimir

Notícias / Cidades

"Cuiabá está vivendo novo ciclo do ouro", analisa ex-prefeito Wilson

Da Redação - Renê Dióz

Cuiabá completa 293 anos sentindo alívio pela desaceleração de seu boom populacional, com maior tranquilidade em relação aos repasses estaduais e em sua capacidade de arrecadação, bem como gozando de um dinamismo sem precedentes em sua atividade econômica – fatores que marcam este aniversário como um dos melhores momentos econômicos vividos pela Capital em sua trajetória.

Pelo menos é o que aponta a análise do ex-prefeito Wilson Santos (PSDB), que, em entrevista ao Olhar Direto na última quinta-feira (05), usou seu cabedal de professor de história para apostar num “futuro alvissareiro” proporcionado pela atual situação econômica e de infraestrutura. “Cuiabá vive um novo ciclo do ouro”, resumiu, não sem algum exagero, o “Galinho”.

Se parte da manifestação otimista expressa pelo tucano sobre as perspectivas de Cuiabá tem óbvia razão de ser no fato de ele mesmo ter sido prefeito, outra está calcada na eminente participação como sub-sede da Copa de 2014 e em dados: a classificação da cidade, pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), como detentora de um dos melhores índices de desenvolvimento com base em educação, saúde e geração de empregos das capitais brasileiras; a classificação como uma das dez melhores capitais em Índice de Desenvolvimento Humano (IDH); a redução, desde a década de 90, para pouco menos de 2% no ritmo anual de crescimento populacional; e a colocação como a sétima capital em qualidade de Ensino Fundamental.

“Cuiabá vive um dos melhores momentos de sua história. Economicamente, há um dinamismo raro que vem desde antes do anúncio de que a cidade seria uma das doze sedes da Copa de 2014. Há um crescimento econômico vertiginoso. Sob o ponto de vista do crescimento populacional, ele está em patamares aceitáveis. Cuiabá está vivendo um novo ciclo do ouro no aspecto do desenvolvimento econômico”, repetiu o ex-prefeito.

Ele lembrou que Cuiabá inclusive conseguiu reduzir suas dívidas e a população perdeu significativa parte de seu ranço sonegador – que servia de reação, desde a época da exploração garimpeira, ao abandono do governo para com a cidade.

Turismo e Indústria

Ainda na análise da perspectiva econômica, Wilson também crê que um “pote de ouro” aguarda Cuiabá no futuro com a exploração do ecoturismo, grande filão de um setor com potencial sem precedentes com a visibilidade a ser conquistada pela Capital por meio da Copa de 2014.

Para intensificar tamanha pujança econômica, pontuou o ex-prefeito, o município deve apostar nos próximos anos na renegociação do repasse do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), atualmente em patamar que ele considera injusto para a cidade. Mais receita também deve ser proporcionada após o governo federal rever o índice de repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e quando o Estado entrar definitivamente no processo de transformação para a economia terciária, deixando de apenas exportar commodities in natura e fazendo de Cuiabá a capital industrial do Centro-Oeste.

Imprimir