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Tiroteio volta a assustar moradores na Rocinha

G1

Um tiroteio entre policiais militares e traficantes assustou moradores da Favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio, na manhã desta sexta-feira (6), conforme mostrou o RJTV. Policiais do Batalhão de Choque entraram em confronto com criminosos por volta das 11h. Não há informações de feridos. Um fuzil e quatro carregadores foram apreendidos.

Os policiais militares faziam patrulhamento na parte alta da Rocinha, quando viram três criminosos. Os suspeitos fugiram, abandonando o fuzil e quatro carregadores.

Moradores hostilizam PMs em baile funk
Um homem foi detido na madrugada desta sexta, depois de uma confusão na saída de um baile funk na Rocinha. De acordo com a polícia, moradores hostilizaram policiais militares que estavam em duas viaturas por volta das 4h. A Unidade de Controle de Multidões chegou a ser chamada para conter a confusão. Ninguém ficou ferido.

Supeito de matar cabo da PM tem prisão decretada
A Divisão de Homicídios da Polícia Civil procura Edilson Tenório de Araújo, de 42 anos, suspeito de matar o cabo Rodrigo Alves Cavalcante, da Polícia Militar, na madrugada de quarta-feira (4). O juiz de plantão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) concedeu, nesta madrugada, um pedido de prisão temporária de 30 dias contra Araújo. Ele já é considerado foragido pela polícia. As informações foram confirmadas pela assessoria da Polícia Civil.

Próximo ao local do crime, a polícia encontrou uma mochila onde estava a identidade de Edilson, que teria sido deixada para trás pelo suspeito durante a fuga. Dentro da mochila também havia munição e um carregador, tudo calibre nove milímetros. De acordo com a perícia realizada no corpo, a munição que matou o cabo Cavalcante também é de calibre nove milímetros.

Com o assassinato do cabo da PM, já são nove mortes em menos de dois meses na Rocinha, e a terceira em dez dias. Por conta do aumento da violência na favela, a Secretaria de Segurança Pública decidiu aumentar o efetivo de policiais no patrulhamento na comunidade, com 643 homens.

Processo de pacificação
O secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, ressaltou que a Rocinha ainda não possui uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) e que esta fase pela qual a comunidade está passando é ainda a primeira do processo de pacificação.

“Não temos a vitória absoluta. Essa vitória está sendo construída e, na história dessa construção, a vida de um policial vai passar a fazer parte dela. Mas também digo que, em cinco anos, poupamos 2 mil vidas e só no começo deste ano, poupamos 90 vidas. Mas, infelizmente, ainda se perde. Não é fácil, não é fácil, mas nós vamos em frente”, afirmou.

Na Rocinha, o policiamento é feito a pé, com a ajuda de motocicletas e cavalos. A PM informou que se for preciso, usará também helicóptero, porém descartou a possibilidade do uso do Exército, como foi feito no Alemão e na Penha. “A PM e a Polícia Civil têm condições de fazer isso. Obviamente, podemos ter alguns problemas, mas o projeto é do estado. O estado criou, vai fazer e vai executar”, disse Beltrame.

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Dois casais foram presos, na manhã de quinta-feira (5), na Rocinha. Segundo informações da delegada Flávia Barros, da 14ª DP (Leblon), Denílson Franklin Lima e Dalila Alves de Souza foram encontrados com uma granada na localidade 199, no alto da comunidade.

A polícia investiga se um dos presos nesta quinta teve envolvimento com a morte do PM Rodrigo Alves Cavalcante. O corpo do policial foi enterrado nesta manhã, em Sulacap, na Zona Oeste.

"Segundo moradores, Denílson, também conhecido como 'Treta', seria um dos seguranças de um traficante da região e estaria envolvido no assassinato do PM do policial Rodrigo Alves Cavalcante. Mas ainda não encontramos nenhum indício de que ele tenha realmente algum envolvimento no crime", afirmou a delegada.
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