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Caso do gandula-zagueiro será julgado nesta terça-feira pelo TJD

Globo Esporte

O Tribunal de Justiça Desportiva de Sergipe vai julgar nesta terça-feira o caso do gandula que invadiu o gramado e impediu um gol em cima da linha, no último domingo, no estádio Caio Feitosa, em Porto da Folha, na vitória por 1 a 0 do Sergipe em cima do Guarany. Givanilson dos Santos Alves, apelidado de Rinha, será julgado em dois artigos e está sujeito a levar uma multa de até R$ 100 mil. Apesar de já ter sido afastado da atividade pelo time da casa, corre risco de ser suspenso pelo TJD, de 15 a 360 dias.

Durante a partida, latinhas de cerveja foram arremessadas no gramado. O árbitro da partida, Rogério Lima da Rocha, relatou os problemas na súmula, já anexada ao processo.

- Nós recebemos a súmula, mas já tinhamos material comprobatório suficiente para oferecer a denúncia. O julgamento está marcado e esperamos que as devidas providências sejam tomadas, para que fatos como esses não voltem a acontecer - disse o procurador Leandro dos Santos Rodrigues, que ofereceu a denúncia.

O Guarany de Porto da Folha poderá levar multa que vai de R$ 100 até R$ 100 mil. O Galo corre também o risco de perder o mando de campo por até dez jogos.

- O que mais nos chama a atenção no Estádio Caio Feitosa é que eles não tomaram qualquer tipo de providência para garantir a segurança do árbitro e dos jogadores. Além de todos os outros problemas ocorridos, lá não havia médicos para prestar atendimento caso fosse necessário. O Guarany é reincidente nisso - afirmou o procurador.

Comissão de arbitragem já toma providência

Segundo o presidente da Associação dos Árbitros Profissionais do Estado de Sergipe, Ivaney Alves Lima, a comissão decidiu que os gandulas serão impedidos, em estádios de dimensões menores, como o Caio Feitosa, de ficar no fundo de gol.

Sobre a polêmica levantada de o árbitro ter que obrigar o Guarany a chutar a bola para a própria meta, para confirmar o gol que aconteceria caso o gandula não interferisse na jogada, Ivaney explicou que, pela regra, o árbitro não tem autoridade para tomar essa atitude.

- O árbitro não pode tomar esse tipo de decisão. A regra não permite. O Fair Play é um procedimento ético que deve partir dos jogadores, e não do árbitro. Mas é importante que se tome uma grande lição sobre esse fato. O Sergipe está em uma situação complicada. Se aquele lance tirasse a vitória deles, os prejuízos seriam incalculáveis, poderia ter gerado uma grande confusão e ter manchado a credibilidade do nosso futebol. Não podemos tolerar atitudes desta natureza - avaliou Ivaney.

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