De capitão e titular incontestável à reserva que busca confirmar sua qualidade e garantir uma vaga na equipe. Esta é a situação que Bolívar enfrenta sete meses após pedir para ser afastado, em setembro de 2011.

Apesar disso, o camisa 2 demonstra tranquilidade com a nova situação. Experiente, o principal líder do vestiário colorado garante que não vê problemas em estar na reserva de Rodrigo Moledo (que não atuará neste sábado contra o Cerâmica por estar com uma tendinite no joelho esquerdo). Assim como uma nova contratação, entende que é a hora de mostrar o seu potencial e conquistar novamente um lugar entre os titulares:

- Não mudou nada. Quando você vai para um clube novo, busca o seu espaço. É ter dedicação e treinar.

Acima de tudo, Bolívar mantém a confiança. Garante que, nas oportunidades recebidas desde então, "deu o seu recado", sendo, inclusive, elogiado pelo técnico Dorival Júnior.

Mesmo que, após as duas partidas (além do Cerâmica, ele enfrentará o Juan Aurich, no Peru, por conta da suspensão de Moledo), prometeu que seguirá agindo da mesma maneira. Quando foi definido que ficaria fora do time, foi cogitado que, por ser uma voz forte no vestiário, a suplência poderia causar constrangimento. Até em função do currículo vitorioso no Beira-Rio. Mas Bolívar não mudou o seu estilo. Como líder, preferiu seguir trabalhando e orientando os companheiros:

- O lance de ser titular é consequência do momento. O que conquistei foi pelo meu trabalho. Sabia que precisaria ser ainda mais forte. Sei que sou uma referência. Não poderia agir de uma forma diferente. Os mais jovens tiram lições.

Criticado pela torcida, que o apontou como o culpado pelo empate pelo Santos (o Inter vencia por 3 a 0 até os minutos finais) pelo Brasileirão, Bolívar não guarda mágoas do tratamento dos colorados:

- Acho que foi normal. O torcedor do Inter tem um carinho especial por mim, por tudo que eu consegui aqui dentro, com quem fez historia.